Deputados cobram apuração de morte de homem em ‘câmara de gás’

A bancada do Psol na Câmara dos Deputados entrou com representação no MPF

(Foto: Reprodução)


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Rede Brasil Atual - Deputados da oposição entraram nesta quinta-feira (26) com medidas para apuração da morte de um homem negro por agentes da Polícia Rodoviária Federal no porta-malas de uma viatura que foi transformada em uma espécie de “câmara de gás”, devido à alta quantidade lançada no interior do veículo em que a vítima foi trancada. A morte de Genivaldo Jesus Santos foi o desfecho de uma abordagem violenta nesta quarta-feira (26), em Umbaúba, no litoral de Sergipe, diante de testemunhas que filmaram as cenas.

A bancada do Psol na Câmara dos Deputados entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF). “Genivaldo Santos foi vítima de um crime bárbaro, que causa perplexidade e indignação em todo o país. Essa atrocidade não pode ficar impune e a PRF tem muito a explicar”, disse o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) por meio de sua conta no Twitter.

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Já o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) protocolou requerimento de informações ao ministro da Justiça e Segurança Pública. “Fiz questão de perguntar se o uso de câmaras de gás faz parte do protocolo de segurança da PRF”, disse o deputado do federal do PT paulista, também pela rede social.

A morte de Genivaldo na “câmara de gás” da PRF foi confirmada por laudo do Instituto Médico Legal (IML) do estado: asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. O resultado da análise foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na manhã desta quinta (26).

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Um sobrinho contou que a vítima transitava de motocicleta pela BR-101, na área urbana de Umbaúba, quando foi abordada. E conforme testemunhas e imagens divulgadas em redes sociais, houve obediência à ordem. As mãos de Genivaldo foram colocadas sobre sua cabeça e houve revista. Porém, foi esboçada uma reação quando os policiais o questionaram sobre cartelas de comprimidos encontradas em seu bolso. Nesse momento, usaram então spray de pimenta para derrubá-lo e imobilizá-lo. Um dos agentes chegou a colocar o joelho em seu pescoço, a exemplo do que aconteceu com o negro George Floyd, no mesmo dia 25 de maio, em 2020. Floyd acabou morto, o que provocou uma onda de protestos nos Estados Unidos e no mundo, levando o policial à prisão, julgamento e condenação.

Após ter o pescoço preso, Genivaldo, que deixou mulher e um filho, foi amarrado e colocado no camburão. Segundo familiares, ele sofria de esquizofrenia e há 20 anos tomava medicamentos controlados.

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