Deputado retira requerimentos para levar bancos à CPI da Americanas

Deputado Júnior Mano decide concentrar esforços em documentos sigilosos e trocas de e-mails entre instituições financeiras e o grupo Americanas

Júnior Mano
Júnior Mano (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)


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247 - Em uma reviravolta inesperada, o deputado federal Júnior Mano (PL-CE), 1º vice-presidente da CPI da Americanas, apresentou e retirou 16 requerimentos para convocar presidentes de diversos bancos nacionais e estrangeiros momentos antes da votação, informa a Folha de S. Paulo. Os requerimentos pretendiam esclarecer questões referentes aos valores, condições de empréstimos e possíveis inconsistências contábeis na empresa. Entre os bancos alvos dos requerimentos estavam os principais do Brasil, como Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa, além do Deutsche Bank (Alemanha) e J.P. Morgan (Estados Unidos).

A surpresa da retirada dos requerimentos veio acompanhada de uma nota divulgada por Júnior Mano, justificando sua decisão de concentrar os esforços em informações mais relevantes sobre a situação financeira da empresa e as relações com os bancos. O deputado mencionou a necessidade de obter documentos sigilosos e trocas de e-mails entre as instituições financeiras e o Grupo Americanas, bem como informações sobre as condições dos financiamentos. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também estava na lista de convidados, mas o banco informou à CPI que não é mais um credor da rede.

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Na mesma sessão, outros requerimentos foram aprovados pela CPI, como o convite para que representantes de diversos bancos esclareçam a "situação real dos passivos da companhia". Além disso, foram aprovados convites para ouvir fornecedores afetados, os sócios da PwC e da KPMG - multinacionais responsáveis pela auditoria do balanço da empresa - e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento.

Durante a sessão, alguns parlamentares fizeram discursos enfáticos, afirmando que não haverá "blindagem" a qualquer pessoa na CPI. O deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), por exemplo, relatou ter sido procurado por cinco jornalistas que o questionaram sobre possíveis pressões para proteger indivíduos na comissão.

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A CPI da Americanas foi instalada em 17 de maio com o objetivo de investigar o escândalo contábil da empresa. Em janeiro deste ano, a recuperação judicial da companhia foi aprovada após a revelação de inconsistências contábeis de mais de R$ 20 bilhões em seu balanço.

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