Deputado quer que redes sociais forneçam à CPMI dados sobre atuação de extremistas nos atos golpistas de 8/1
Requerimentos do deputado federal Duarte Júnior visam obter informações de pelo menos cinco redes sociais utilizadas pelos extremistas na intentona golpistas
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247 - O deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) apresentou quatro requerimentos à Comissão Parlamentar visando obter informações de pelo menos cinco redes sociais utilizadas pelos extremistas bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
As plataformas mencionadas por Duarte - Instagram, Facebook, TikTok, Kawai e Twitter - foram utilizadas pelos militantes bolsonaristas e de extrema direita para organizar, divulgar e compartilhar em tempo real a intentona golpista. Nos grupos e canais bolsonaristas, as viagens a Brasília para participação nos atos terroristas foram amplamente divulgadas nas redes sociais, com o intuito de atrair mais manifestantes.
Segundo o Metrópoles, o deputado solicitou a relação de todas as contas excluídas pelas plataformas no período de 1º de outubro de 2022 a 25 de maio de 2023, a identificação dos perfis verificados cujo conteúdo relacionado aos eventos ocorridos em 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023 tenha sido removido ou restrito, informando qual postagem gerou tal punição, além de um relatório completo das denúncias recebidas no período de 1º de outubro de 2022 a 29 de maio de 2023, indicando o motivo das denúncias, os perfis ou publicações denunciadas e as providências tomadas pelas plataformas em resposta a essas denúncias.
Ainda conforme a reportagem, Duarte afirma que "“é fundamental compreender a influência das plataformas digitais nos atos de violência ocorridos em janeiro. Por meio dos requerimentos que apresentei, estamos buscando elucidar o envolvimento das bigtechs na disseminação de conteúdo violento e na monetização das transmissões ao vivo durante esses eventos criminosos”.
O requerimento apresentado pelo deputado também destaca que "as informações obtidas em outras investigações sobre o mesmo tema, amplamente divulgadas pela mídia, indicam que o Facebook e o Instagram foram usados por golpistas para incitar a violência, promover a ruptura democrática, atacar instituições e autoridades públicas".
O papel das grandes empresas de tecnologia tem sido amplamente discutido no âmbito dos Três Poderes. Uma investigação da Polícia Federal revelou que 12 canais bolsonaristas receberam quase R$ 7 milhões em monetização do YouTube.
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