Deputado pede que Senado apure crime de Flávio Bolsonaro por acobertar Queiroz

Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) defendeu nesta quinta-feira (18) que o Senado instaure um procedimento para apurar os crimes cometidos por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao acobertar seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, preso nesta manhã

Márcio Jerry
Márcio Jerry (Foto: MJS)


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247 - Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) defendeu nesta quinta-feira (18) que o Senado instaure um procedimento para apurar os crimes cometidos por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao acobertar seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, preso nesta manhã no sítio do advogado do senador, em Atibaia (SP). 

Para o deputado, o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) agiu por autodefesa, na tentativa de encobrir crimes e evitar que a principal testemunha de suas ações fosse presa pela Polícia Federal. 

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“Neste caso está claramente evidenciado que Flávio agiu por autoproteção. A prisão do Queiroz, no local em que ele foi preso, e de quem é a propriedade, mostra que o Flavio agiu criminosamente para acobertar um criminoso foragido. Isto, sim, é motivo de quebra do decoro parlamentar e tem que ser levado ao exame do Conselho de Ética da Casa, há elementos suficientes para isso”, disse, acrescentando que o Senado não poderá se omitir diante da situação. 

Caso Marielle

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Para Jerry, a prisão de Queiroz aponta ainda que o cerco sobre Jair Bolsonaro (sem partido) está se fechando, à medida que o próprio advogado de Flávio mantém contato direto com o presidente. Segundo o parlamentar, esta também poderá ser a chave para a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em uma emboscada em 2018. 

“As coisas para o presidente Bolsonaro estão, de fato, ficando em seu devido lugar e o presidente não poderá se esquivar disso. Trata-se do filho que integra o núcleo do projeto político, que tem, entre suas pernas, vértices de sustentação, essas milícias que operavam e operam no Rio de Janeiro. Tenho muita esperança que a verdade prevaleça, porque prendendo o Queiroz, nós temos vários outros elementos a serem puxados no fio da meada miliciana que produziu Bolsonaro. E um caso que salta aos olhos é o de saber quem mandou matar a Marielle”, aclarou Jerry. 

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Encontrado na casa de Frederik Wassef, Queiroz é investigado, junto com Flávio, pelo esquema de ‘rachadinha’ montado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando este ainda era deputado estadual. 

Vida do Queiroz

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Márcio Jerry também afirmou que garantir a vida de Queiroz e de sua mulher, cuja prisão também foi decretada, é fundamental e que os desdobramentos da investigação podem trazer consequências profundas na conjuntura do país. 

“Esperamos que a Polícia agora colha informações preciosas que o Queiroz possa dar, mas sobretudo que preserve a vida dele. É preciso que se inquira, mas que se garanta a integralidade da vida da sua mulher e do Queiroz. Não vamos nos esquecer do que aconteceu em caso recente, em que uma peça-chave no caso da Marielle foi executada no estado da Bahia, em uma operação até hoje não suficientemente esclarecida.  Não estamos tratando de relações políticas clássicas, institucionalizadas. Estamos tratando de relação com grupos e organizações criminosas”, acrescentou o deputado.

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