Deputado apresenta notícia-crime contra coronel Lawand por falso testemunho à CPMI dos Atos Golpistas

Coronel do Exército Jean Lawand Júnior é investigado por trocar mensagens defendendo um golpe de Estado com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

Coronel Jean Lawand em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas
Coronel Jean Lawand em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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247 - O deputado federal Duarte (PSB-MA) ingressou com uma notícia-crime junto ao MInistério Público Federal (MPF) contra o coronel do Exército Jean Lawand Júnior pelo crime de falso testemunho. A ação, segundo o jornal O Globo, foi protocolada na terça-feira (27), após o militar prestar depoimento na condição de testemunha à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Lawand é investigado por enviar mensagens suspeitas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com Duarte, as mensagens enviadas pelo coronel via WhatsApp, que mencionavam a possibilidade de um golpe no país, foram distorcidas pelo próprio militar durante seu depoimento, ocorrido na terça-feira (27). "Se o objetivo era acalmar a situação, as mensagens não precisariam ter sido tratadas de forma sigilosa. O depoente sugeriu o uso de outro telefone para conversar com o tenente-coronel Mauro Cid, levantando suspeitas de estar sendo grampeado", afirmou o parlamentar, conforme a reportagem.

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O documento apresentado alega inconsistências nas declarações de Lawand perante o colegiado, algo que o deputado chegou a mencionar durante a sessão da CPMI. Na decisão, o militar optou por exercer seu direito ao silêncio. Naquele momento, o parlamentar questionou quem estaria por trás dos ataques golpistas.

“Coronel, eu lhe peço: a base de oposição faz manifestações afirmando que tem pessoas presas injustamente. O senhor está aqui tendo oportunidade de nos mostrar quem são os tubarões, quem atentou contra a democracia. O seu silêncio é covarde. O senhor está aqui deixando que elas estejam presas porque o senhor está protegendo os tubarões. O que de fato aconteceu? Por qual razão estava decepcionado no dia 21?”, questionou Duarte. “Quero manter meu direito ao sigilo", respondeu Lawand.

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"O senhor vai ficar calado? É um direito que o senhor tem. Lembrem-se de que inocentes podem estar pagando pelos crimes dos tubarões. Não esperava isso de um coronel. O senhor envergonha a farda que veste. Eu esperava coragem de um oficial superior", retrucou Duarte.

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