Demóstenes Torres ataca deputados da Câmara Legislativa

Em pronunciamento nesta sexta-feira, senador diz estar "envergonhado" com a postura "fingida" dos distritais diante das denúncias contra o governador Agnelo Queiroz de desvio de dinheiro no Ministério do Esporte. "Não dão bola para a opinião pública, é como se nada estivesse acontecendo."



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Brasília 247 – Em um discurso crítico na manhã desta sexta-feira (4), o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres, mostrou que está disposto a provocar a base de apoio do governador Agnelo Queiroz na Câmara Legislativa. "Entre o escalpo deles e o do governador, eles ficam com o do governador", justificou. Nesta semana, 19 dos 24 parlamentares divulgaram nota de apoio ao chefe do Executivo. Demóstenes reafirmou na tribuna da Casa que o partido vai pedir o impeachment de Agnelo pela suspeita de envolvimento no desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. "Vim fazer este pronunciamento porque fiquei envergonhado com o que está acontecendo com a Câmara Distrital." Para ele, os deputados distritais estão fingindo que nada acontece em Brasília. “Não dão bola para a opinião pública, é como se nada estivesse acontecendo, é como se Agnelo fosse um papa, um teólogo, quando na realidade está envolvido até a tampa com toda espécie de corrupção", acusou. Ele citou que o DEM expulsou o ex-governador José Roberto Arruda por estar envolvido no escândalo de corrupção Caixa de Pandora, deflagrado em 2009. "Nosso partido, que expulsou aqueles que não honraram a sua bandeira, inclusive o único governador eleito em 2006, vai atrás dos outros.” E que agora, o PT, não pode ser omitir diante das acusações contra Agnelo. "Não podemos tolerar que o PT, que naquela época fez um carnaval, se omita diante de provas consistentes quanto à participação do governador no escândalo em que não faltam testemunhas sobre a sua participação". Para Demóstenes, o PT escolhido por Agnelo, depois de ele se desfiliar do PCdoB, tem duas opções: rever sua posição de apoio ao governador ou se assumir de vez como "o partido da boquinha". "Os petistas de brio, certamente, discordam da bandalheira. É necessário conclamá-los à batalha pelo resgate da moralidade no DF, bandeira essa que o partido tanto empunhou nas administrações anteriores", alegou. Promotor de Justiça licenciado, Demóstenes disse que não faltam provas sobre a participação de Agnelo no esquema, quando ele comandou o Ministério do Esporte, de 2003 a 2006. "Tudo indica que foi ele quem contratou o advogado que preparou a defesa de João Dias", lembrou, referindo-se ao pedido à gravação feita com autorização judicial da conversa em que o policial militar pede ajuda a Agnelo para se defender da denúncia de desviar recursos do Segundo Tempo. "Há ainda um esquema de notas frias e duas testemunhas que dizem ter entregue dinheiro a ele", lembrou. João Dias e sua mulher, Ana Paula de Faria, e outras cinco pessoas são alvo de denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal por cinco crimes: formação de quadrilha; apropriação indébita; falsidade ideológica; uso de documento falso e lavagem de dinheiro; e pelo envolvimento no desvio de dinheiro do programa em Brasília. Com informações da Agência Estado

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