DEM quer impeachment de Agnelo

Presidente regional, Alberto Fraga, afirma que pedido será feito na segunda-feira. Legenda está insatisfeita com deputado Raad Massouh



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Noelle Oliveira_Brasília 247 – O Democratas no Distrito Federal vai pedir o impeachment do governador Agnelo Queiroz na segunda-feira (7). Segundo o presidente regional do partido, Alberto Fraga, as explicações dadas pelo governador com relação ao suposto envolvimento dele em desvio de verbas no Ministério do Esporte não são convincentes. "Pelas últimas denúncias percebe-se um relacionamento forte entre Agnelo e o denunciante João Dias", considera Fraga, referindo-se ao delator do esquema que envolve o programa Segundo Tempo, o policial militar João Dias Ferreira. O pedido de impeachment foi discutido com a executiva nacional do partido e será oficializado após uma reunião convocada para a noite de segunda. Depois, será protocolado na Câmara Legislativa. Na última semana, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) já havia dito que conversaria com o presidente nacional da legenda, senador José Agripino (DEM-RN) para discutir a situação de Agnelo. A conversa não ocorreu. Mas Fraga e Agripino se reuniram na última terça-feira. A decisão, no entanto, ficou para a direção regional. "Esse é um assunto da bancada do DF e não nacional, discutimos várias coisas, entre elas, isso", afirmou Agripino. A secretaria de Comunicação do governo disse que só vai se pronunciar sobre o assunto após o pedido ser protocolado. Na mesma reunião de segunda, o DEM-DF vai discutir a posição do único deputado distrital do partido, Raad Massouh. A legenda não está satisfeita com a postura do parlamentar, que é a de se manter independente em relação ao governo do DF. "Ele não está seguindo as orientações do partido e esse era o melhor momento para ele estar se posicionando como oposição, mas não é isso que está fazendo", afirmou Fraga. Na reunião, o diretório regional avaliará se vai encaminhar o questionamento sobre a posição do distrital para o conselho de ética da legenda. "Aí ele estará sujeito a diversas punições, uma delas é por infidelidade partidária, por meio da qual é possível que o partido peça o mandato do deputado", explicou Fraga. A expulsão de Raad do partido é pouco cogitada. Isso porque, caso fosse determinada, o parlamentar ficaria livre para entrar no partido que quisesse. "Isso é o que todo deputado quer", considerou Fraga. A insatisfação da direção regional do partido com relação a Raad é antiga. Com a formação do Partido Social Democrático (PSD), no entanto, o DEM optou por esperar para ver se o distrital não resolveria, por si, migrar para o novo partido. Como isso não ocorreu até o dia 26, prazo final para a migração, a legenda resolveu discutir abertamente o assunto. Procurado, o deputado Raad afirmou que não foi comunicado a respeito da reunião e que, portanto, não iria se pronunciar. Raad não assinou a proposta de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sugerida pela distrital Celina Leão (PSD), para investigar as denúncias relativas ao programa Segundo Tempo na Câmara Legislativa. O distrital também não se manifestou na carta de apoio ao governador lançada, na terça-feira (1º), por 19 dos 24 distritais da Câmara. 

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