Da Papuda, Valdemar articula o "Volta, Lula"
Condenado na Ação Penal 470, ex-deputado federal e ex-presidente do PR Valdemar Costa Neto, preso no Complexo da Papuda, é o responsável por conceber o manifesto assinado por 20 parlamentares da sigla na bancada federal que pediu o "Volta, Lula"; a informação foi confirmada pelos próprios deputados da legenda; um dos trechos do documento afirma que somente o ex-presidente tem a experiência necessária para governar o País nos próximos quatros anos
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Brasília 247 – Condenado a sete anos e dez meses de prisão na Ação Penal 470, o 'mensalão', o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, que já presidiu o PR, é o responsável por conceber o manifesto assinado por 20 parlamentares da sigla na bancada federal que pediu o "Volta, Lula". A informação foi confirmada pelos próprios deputados da legenda ao Correio Braziliense. Um dos trechos do documento, lido na Câmara há pouco mais de uma semana, afirma que somente o ex-presidente Lula tem a experiência necessária para governar o País nos próximos quatros anos.
"Certos de que o Brasil precisa inaugurar um novo ciclo virtuoso de crescimento pela via da conciliação nacional, entendemos que o momento de crise, dentro e fora do país, reivindica a força de uma liderança política com a experiência e o brilho de Luiz Inácio Lula da Silva no comando da nação brasileira, novamente", diz o texto.
De acordo com um dos parlamentares, que não se identificou, Valdemar, que pode ser rifado de trabalhar fora do Complexo da Papuda (DF) por estar envolvido em denúncias de regalias, estaria insatisfeito com o governo federal porque pretendia indicar um correligionário para o Ministério dos Transportes – o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) ou o deputado Edson Giroto (PR-MS) – para substituir o atual ministro César Borges (PR-BA).
"O comando do PR é dele. Qualquer iniciativa do partido passa pelo Valdemar. Ele chamou o Bernardo (deputado Bernardo Santana, líder do PR na Câmara) e deu essa ordem do manifesto. Pensou que, estimulado por alguém, o gesto poderia facilitar a mudança do ministro. Acho que não funcionou", afirmou um dos deputados.
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