Cristovam: CPI é forma de proteger Petrobras
Senador Cristovam Buarque (PDT-PT) disse que quem apoia a CPI da Petrobras não pode ser acusado de não gostar da empresa; segundo ele, é exatamente quem tem amor pela Petrobras que quer a comissão parlamentar de inquérito, porque quer proteger a estatal, criada há 60 anos, fruto de uma visão a longo prazo do presidente Getúlio Vargas e de um esforço muito grande do povo brasileiro
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Agência Senado - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que defende uma investigação na Petrobras como cidadão e como senador. Ele disse que quem apoia a CPI da Petrobras não pode ser acusado de não gostar da empresa.
Segundo ele, é exatamente quem tem amor pela Petrobras que quer a comissão parlamentar de inquérito, porque quer proteger a estatal, criada há 60 anos, fruto de uma visão a longo prazo do presidente Getúlio Vargas e de um esforço muito grande do povo brasileiro.
Em 2009 houve a convocação de uma CPI da Petrobras por causa de algumas denúncias na imprensa, mas a CPI terminou esvaziada, lembrou o parlamentar. As denúncias tratavam de fraudes em licitações para reformas de plataformas, irregularidades em doação de patrocínios e problemas em arranjos contábeis. Cristovam reconheceu que errou ao se contentar, na época, apenas com a vinda do então presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli.
— Se tivéssemos feito aquela CPI, absolutamente certo que a Petrobras não estaria passando por essa situação. Nós não fizemos e agora temos a chance de fazer — declarou.
Para o senador, houve descaso da presidente Dilma Rousseff, que na época chefiava o conselho que autorizou a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio gerou prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão à estatal.
Cristovam Buarque ainda lamentou a perda de valor de mercado da Petrobras e disse que as irregularidades denunciadas hoje são suficientes para a instalação de uma CPI.
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