Cristovam alerta para a violência nas escolas
O Brasil está assustado com a violência dos black blocs, quando devia se preocupar mais com a violência nas escolas, disse o senador Cristovam Buarque (PDT-DF); segundo ele, na última semana de outubro, por exemplo, tiroteios entre traficantes e policiais na Favela do Complexo da Maré, na cidade do Rio, impediram que 2,5 mil jovens tivessem aula
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Agência Senado - O Brasil está assustado com a violência dos black blocs, quando devia se preocupar mais com a violência nas escolas, disse nesta quinta-feira (7) o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele apresentou dados sobre a insegurança dentro e fora das salas de aula. Segundo ele, na última semana de outubro, tiroteios entre traficantes e policiais na Favela do Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), impediram que 2,5 mil crianças e adolescentes tivessem aula.
O senador Cristovam Buarque disse que eventos como o do Rio de Janeiro se repetem por todo o país, mas a violência não está restrita às redondezas dos estabelecimentos de ensino. O representante do PDT do Distrito Federal contou que na Escola Municipal Professora Ana Guedes, em Nova Contagem (MG), os professores decidiram suspender as aulas, depois que um aluno de 15 anos tentou bater em uma professora de geografia. Em São Paulo, uma pesquisa deste ano mostrou que 44% dos professores do estado foram vítimas de algum tipo de violência em sala de aula.
Há ainda, de acordo com o senador, muitos casos de violência entre os próprios colegas. No Distrito Federal, o Batalhão Escolar da Polícia registrou, em 2012, 647 ocorrências e recolheu 37 armas de fogo.
– Nós temos três tipos graves de violência nas escolas. A violência dentro da escola, a violência na porta da escola e a violência da escola. A escola violenta contra crianças por não oferecer as condições corretas que uma criança merece – afirmou.
Cristovam Buarque avalia que mais importante do que entender o que motiva os Black Blocs a irem para as ruas depredarem vitrines e outros estabelecimentos, é buscar saídas para a insegurança escolar.
– Nós precisamos tomar uma posição. A presidente Dilma Rousseff tem se preocupado com os Black Blocs, eu quero que ela se preocupe com a violência na escola também declarou.
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