CPMI dos atos golpistas define os primeiros convocados a depor
Primeiros convocados serão o general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens Bolsonaro
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247 - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, que irá inevstigar os atentados terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes do Três Poderes, em Brasília, definou os nomes dos primeiros convocados que irão depor perante ao colegiado.
“Há um consenso na CPI do 8 de Janeiro de que os primeiros convocados a depor serão o general GDias [Gonçalves Dias], ex-chefe do GSI [Gabinete de Segurança Institucional], Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o tenente-coronel Mauro Cid”, diz a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.
O general da reserva Marco Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, admitiu em depoimento à Polícia Federal que houve um "apagão" do sistema de inteligência por falta de informações no dia 8 de janeiro e que não tinha condições de prender "sozinho" os invasores que estavam no 3º e 4º pisos do Palácio do Planalto na ocasião, preferindo fazer um "gerenciamento de crise. O militar deixou o cargo após serem divulgadas imagens editadas em que ele aparece circulando pelo Planalto durante os ataques de 8 de janeiro.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro por omissão no caso dos atos terroristas. Por ocasião da prisão, a Polícia Federal encontrou uma espécie de ‘minuta do golpe de Estado' na casa do ex-ministro. O documento previa decretar um 'estado de defesa' na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar ilegalmente o resultado das eleições presidenciais vencidas pelo presidente Lula. Torres foi colocado em liberdade no dia 11 de maio, mediante a adoção de medidas cautelares.
Já o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente no dia 3 de maio pela suspeita de fraudar cartões de vacinação do ex-mandatário e seus familiares, além de aliados próximos. O ex-braço-direito de Bolsonaro é suspeito de incentivar os atos golpistas e é considerado um “homem bomba” por aliados do ex-mandatário.
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