CPMI do 8 de janeiro pode partir para cima de empresários bolsonaristas que pediram golpe contra Lula
Senador Rogério Carvalho protocolou requerimentos solicitando que o Coaf disponibilize os Relatórios de Inteligência Financeira de seis empresários
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247 - O senador Rogério Carvalho (PT-SE) está direcionando seus esforços na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro para investigar empresários bolsonaristas que teriam defendido um golpe de estado em grupo no WhatsApp, caso o presidente Lula (PT) fosse eleito em 2022. Na quarta-feira (31), Carvalho protocolou seis requerimentos na comissão, solicitando que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) disponibilize os Relatórios de Inteligência Financeira de seis empresários em questão, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.
Os empresários mencionados nos requerimentos são Luiz André Tissot, do grupo Sierra Móveis; Marco Aurelio Raymundo, proprietário da Mormaii; Meyer Joseph Nigri, fundador da Tecnisa; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; Jose Isaac Peres, do grupo Multiplan; e Jose Koury Junior, proprietário do Barra World Shopping. O senador petista busca obter informações sobre as movimentações financeiras desses empresários no período entre 1º de maio de 2022 e 31 de janeiro de 2023, a fim de investigar se eles estiveram envolvidos no financiamento dos atos ocorridos em 8 de janeiro, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
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Carvalho argumenta que é essencial aprofundar as investigações sobre a participação direta desses empresários no financiamento da tentativa de golpe ocorrida no início deste ano, afirmando: "demonstra-se, assim, que empresários bolsonaristas agiram conjuntamente numa tentativa de destruir nossa democracia. Desse modo, acreditamos que é necessário aprofundar as investigações sobre sua participação direta no financiamento à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023".
Vale lembrar que a defesa de um golpe em caso de vitória de Lula foi revelada pelo colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, em agosto de 2022. A reportagem trouxe à tona mensagens trocadas pelos participantes do grupo, nas quais eles defendiam uma ruptura institucional para impedir que Lula assumisse a Presidência.
As investigações da CPMI buscam esclarecer a extensão do envolvimento desses empresários na tentativa de desestabilização democrática, revelando possíveis conexões financeiras que possam ter viabilizado os eventos ocorridos em janeiro deste ano.
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