Em derrota da oposição, CPMI amplia investigações para atos golpistas anteriores a 8/1

Acomissão não deve se ater apenas aos atos golpistas de 8 de janeiro, mas também tratará de outros fatos ocorridos desde as eleições de 2022

CPMI dos Atos Golpistas
CPMI dos Atos Golpistas (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)


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247 - A CPI mista que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira (6) o plano de trabalho da comissão. A proposta teve 18 votos favoráveis e 12 contrários. De acordo com o documento, a comissão não deve se ater apenas aos atos golpistas de 8 de janeiro, mas também tratará de outros fatos ocorridos desde as eleições de 2022. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora da proposta. 

De acordo com o portal G1, a CPMI investigará a atuação do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e do então Diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, no segundo turno das eleições. Parlamentares vão apurar o planejamento e a atuação dos órgãos de segurança pública da União e do Distrito Federal do dia 8 de janeiro. A Comissão também pretende identificar os mentores, financiadores e executores dos atos contra as sedes dos Três Poderes.

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A comissão investigará os ataques que aconteceram à sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro de 2022, e também à tentativa de explodir um caminhão-tanque no aeroporto da capital, em 24 de dezembro. A comissão também pretende apurar as manifestações públicas e em redes sociais de agentes políticos contra o resultado das eleições. Deputados e senadores querem identificar o envolvimento do Tenente-Coronel Mauro Cid com pessoas que participaram dos atos do dia 8 de janeiro. A comissão pretende também apurar a atuação e a relação das Forças Armadas com os acampamentos no QG do Exército.

Os integrantes da CPMI não analisaram os requerimentos da relatora, para tomada de depoimentos de 37 pessoas, além do compartilhamento de dados com órgãos da segurança pública. Os requerimentos, da relatora e dos integrantes da CPI, devem ser votados nos próximos encontros do colegiado, na terça-feira (13) e quinta-feira (15). São cerca de 240, informou o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA).

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Só a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), solicitou que a comissão tome o depoimento de 37 pessoas. São elas:

  1. Adauto Lucio de Mesquita, empresário suspeito de ser financiador
  2. Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, empresário suspeito de ser financiador
  3. Ailton Barros, ex-major próximo de Bolsonaro
  4. Alan Diego dos Santos, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto.
  5. Albert Alisson Gomes Mascarenhas, suspeito de participar dos atos
  6. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-sec. de Segurança do DF
  7. Antônio Elcio Franco Filho, coronel que discutiu com Alan Diego plano de um golpe
  8. Argino Bedin, empresário suspeito de ser financiador
  9. Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
  10. Diomar Pedrassani, empresário suspeito de ser financiador
  11. Edilson Antonio Piaia, empresário suspeito de ser financiador
  12. Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF
  13. Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
  14. George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto.
  15. Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP)
  16. Jeferson Henrique Ribeiro Silveira, motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba
  17. Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
  18. Jorge Teixeira de Lima, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  19. José Carlos Pedrassani, suspeito de ser financiador
  20. Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser financiador
  21. Júlio Danilo Souza Ferreira, ex-secretário de segurança do DF
  22. Leandro Pedrassani, suspeito de ser financiador
  23. Leonardo de Castro Cardoso, Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal
  24. Marcelo Fernandes, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  25. Márcio Nunes de Oliveira, ex-diretor-geral da Polícia Federal
  26. Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
  27. Marília Ferreira de Alencar, então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
  28. Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  29. Milton Rodrigues Neves, Delegado da Polícia Federal
  30. Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF
  31. Ricardo Garcia Cappelli, ex-ministro interino do GSI
  32. Roberta Bedin, suspieta de ser financiadora
  33. Robson Cândido da Silva, Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  34. Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal
  35. Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba
  36. Valdir Pires Dantas Filho, Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  37. Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro

A senadora pediu o compartilhamento de informações pelos seguintes órgãos:

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  • STF
  • Câmara e Senado
  • CPI da Câmara Legislativa do DF
  • 8ª vara da Justiça Federal, em Brasília
  • Advocacia-Geral da União
  • Ministério Público do DF
  • Procuradoria-Geral da República
  • Tribunal de Contas da União
  • Polícia Civil do DF
  • Agência Brasileira de Inteligência
  • Gabinete de Segurança Institucional
  • Ministério da Defesa
  • Comando Militar do Planalto
  • Ministério da Justiça
  • Polícia Federal
  • Secretaria de Segurança do DF
  • Polícia Militar do DF
  • Ministério Público Militar

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