Correios indica "rupturas de negociações"

A avaliação veio após a invasão ao prédio dos Correios por  trabalhadores ligados à Fentect, em Brasília; os trabalhadores marcaram uma paralisação para o dia 17 de setembro, se não houver acordo com a empresa até lá; a categoria reivindica, principalmente, um aumento real de 15%      

A avaliação veio após a invasão ao prédio dos Correios por  trabalhadores ligados à Fentect, em Brasília; os trabalhadores marcaram uma paralisação para o dia 17 de setembro, se não houver acordo com a empresa até lá; a categoria reivindica, principalmente, um aumento real de 15%
 
 
 
A avaliação veio após a invasão ao prédio dos Correios por  trabalhadores ligados à Fentect, em Brasília; os trabalhadores marcaram uma paralisação para o dia 17 de setembro, se não houver acordo com a empresa até lá; a categoria reivindica, principalmente, um aumento real de 15%       (Foto: Leonardo Lucena)


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Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após a invasão do edifício sede dos Correios, em Brasília, na manhã de hoje (30), por manifestantes ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect), a diretoria da ECT afirmou que o ato representa uma "ruptura nas negociações" de reajuste salarial, que estavam em curso com os empregados. Segundo o vice-presidente jurídico dos Correios, Cleucio Santos Nunes, a empresa foi surpreendida pelos trabalhadores.

"Os Correios estão na fase de negociação do acordo coletivo de trabalho; as negociações estão no início, o clima estava absolutamente tranquilo, a empresa apresentou sua proposta e fomos surpreendidos com a invasão do prédio", disse Nunes. Segundo ele, a empresa analisa o pedido de reajuste salarial dos trabalhadores e deverá apresentar a sua proposta na semana que vem.

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Os trabalhadores pedem aumento real de 15%, reposição da inflação de 7,13% e de 20% de perdas salariais. Outras reivindicações são a entrega de correspondências pela manhã em todo o país e a jornada de seis horas para os atendentes. Os trabalhadores marcaram uma paralisação para o dia 17 de setembro, se não houver acordo com a empresa até lá.

O secretário de finanças da Fentect, José Rivaldo da Silva, disse que a manifestação foi resultado da demora da empresa em apresentar uma proposta aos trabalhadores. "A empresa só enrola, e até agora não apresentou nada", disse. Ele também avalia que, com a política do governo federal de não dar reajustes com ganho real para os trabalhadores, a ECT está sem mobilidade para negociar.

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Segundo Silva, há uma divisão entre os trabalhadores, dificultando as negociações com a empresa. Ele diz que os Correios preferem negociar com a Federação Interestadual dos Sindicatos de Trabalhadores dos Correios (Findect). "Queremos forçar uma negociação de fato com quem sempre negociou com a ECT. Há mais de 23 anos negociamos e assinamos acordos coletivos todos os anos com a empresa", disse o representante da Fentect.

Segundo os Correios, o impacto econômico da pauta da Fentect chega a R$ 31,4 bilhões, o que representa mais do que o dobro da previsão de receita da empresa para este ano.

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Edição: Beto Coura

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