Coronel revela à CPI do DF responsável por abrir a Esplanada para os terroristas no 8 de janeiro
Nome do responsável foi citado pelo coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe interino do Departamento de Operações da PMDF
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247 - O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atentados terroristas do dia 8 de janeiro que a ordem para que a Esplanada dos Ministérios fosse aberta aos terroristas bolsonaristas partiu do coronel Paulo José Ferreira de Sousa, que atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, substituindo Jorge Eduardo Naime, que estava de folga naquela data.
“Abrir a Esplanada foi um ajuste feito em reunião pelo Paulo José. Parece que aconteceu uma reunião no sábado, que eu não participei. Quem mandou [abrir] foi ele, para manifestantes. Foi a ordem que eu recebi”, disse o ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (1º CPR), segundo o Metrópoles.
Questionado se os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) conseguiriam invadir e depredar as sedes dos Três Poderes caso a Esplanada estivesse fechada, Casimiro foi enfático: “seria bem difícil acontecer, eles não iam entrar”. Ainda segundo ele, a decisão de abrir a Esplanada foi tomada em uma reunião conduzida por Paulo José no sábado anterior aos atos golpistas, na qual ele não estava presente.
O presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirmou que descobrir quem determinou a abertura da Esplanada era uma das principais questões a serem esclarecidas pela Comissão. “Cada vez que vem um depoente aqui, coloca a responsabilidade em outro alguém. No dia de hoje, são dois responsáveis, o Flávio [major Flávio Alencar] e o coronel Paulo José. Uma coisa que a gente tinha o objetivo na CPI era descobrir quem determinou a abertura da Esplanada. Porque, sem isso, não teria acontecido o que aconteceu. O depoente disse que o responsável, que deu a ordem para ser reaberta, foi do Paulo José”, disse o parlamentar.
Paulo José também foi convocado para depor, mas a data de sua oitiva foi adiada após ele apresentar um atestado psiquiátrico. O policial militar foi acusado pela Polícia Federal de negligência durante os atos antidemocráticos, sendo responsabilizado pela falta de planejamento da PMDF. Em nota, sua defesa refutou completamente a acusação de que ele teria ordenado a abertura da Esplanada.
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