Coronel Lawand é instruído a "não aloprar", "não gesticular" e evitar "cagoete" em depoimento à CPMI do 8 de janeiro
"Não perca o emocional", "mãos juntas" e "cara serena" constavam na pasta de instruções
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247 - O depoente da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro Jean Lawand Júnior, coronel do Exército, utilizou uma lista com instruções de como se portar diante dos parlamentares. Entre os recados, estão "não aloprar", "não gesticular" e "sem cagoete", mostra foto da jornalista Gabriela Biló, da Folha de S. Paulo, compartilhada no Twitter. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), citou as anotações ao questionar o depoente. Confira:
Lawand Júnior é o autor de mensagens com teor golpista contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu depoimento, nesta terça-feira (27), ele negou ter pregado um golpe, mas sua versão não foi endossada pelos bolsonaristas.
Segundo o coronel, ao enviar as mensagens para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sua intenção era apaziguar os manifestantes bolsonaristas e retirá-los das ruas e quartéis. No entanto, deputados como André Fernandes (PL-CE) e senadores como Marcos Rogério (PL-RO) colocaram em dúvida a veracidade das declarações de Lawand.
De acordo com Fernandes, embora não se possa afirmar que o militar esteja mentindo, também não é possível acreditar totalmente em sua versão.” Sendo bem honesto, não acredito muito no que o senhor falou aqui, mas também não posso dizer que é mentira. Se alguém quiser acreditar, que acredite”, disse o parlamentar.
Já o senador Marcos Rogério enfatizou que “a função da oposição não é proteger depoentes ou quem cometeu crimes”. O ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União-PR) também criticou as declarações do coronel, expressando sua falta de convicção em relação às explicações apresentadas.
Tanto a oposição quanto a bancada governista compartilharam a avaliação de que Lawand está isolado e não conta mais com o apoio da base bolsonarista no colegiado. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, afirmou que Lawand "está claramente isolado" e que "a base de Bolsonaro o abandonou".
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