Conselho de Ética da Câmara abre processos contra Luis Miranda e Ricardo Barros
O PTB, legenda aliada a Bolsonaro, apresentou representação contra Luis Miranda. O PSOL, Rede e PDT, por sua vez, representaram contra Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara
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247 - O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou dois processos nesta terça-feira (13) para apurar as condutas dos deputados federais Luis Miranda (DEM-DF) e Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Casa, por fatos relacionados à CPI da Covid.
À comissão, Miranda disse ter denunciado a Jair Bolsonaro, com o apoio de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, um possível esquema de corrupção na compra da Covaxin pela pasta. O deputado diz ter ouvido de Bolsonaro que 'o dono do rolo' seria Barros.
A abertura dos processos foi motivada por representações apresentadas contra os parlamentares e pedem a perda dos mandatos de ambos. Além da instauração, foram também sorteados os relatores de cada caso. Para Ricardo Barros, os escolhidos foram: Tiago Mitraud (Novo-MG); Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Luiz Carlos Motta (PL-SP). Para Luis Miranda foram: Darci de Mattos (PSD-SC); Gilberto Abramo (Republicanos-MG) e Ivan Valente (PSOL-SP).
Na representação contra Miranda, apresentada pelo PTB, partido aliado a Bolsonaro, a legenda afirma que o deputado "aliou-se a pessoas e utilizou-se da periclitante circunstância da pandemia mundial da Covid-19 a fim de criar uma narrativa com o único objetivo de prejudicar o presidente da República. (...) Por ilação lógica, ao passo que o parlamentar ora representado [Miranda] levou a uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado Federal narrativa diversa dos fatos (dos quais ele tem total conhecimento) com o fito de prejudicar o presidente da República, indubitavelmente infringiu o Código de Ética da Câmara dos Deputados".
Na representação contra Barros, assinada por deputados do PSOL, Rede e PDT, são citadas acusações feitas contra o parlamentar na CPI. “Ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados cabe, em virtude dos fatos documentados, juntados nesta representação, que evidenciam a prática de ato incompatível com o decoro parlamentar, preservar a dignidade dos mandatos eletivos (...) De todo o exposto verifica-se que o Representado participou diretamente ou por interpostas pessoas, do começo, do meio e do fim de um processo bilionário eivado de suspeitas e ilegalidades".
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