Congresso reage e quer retomar cotas para negros em pós-graduação, revogadas por Weintraub
Parlamentares do Congresso reagiram à iniciativa do agora ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) de revogar portaria que estabelecia cotas para negros e índios em pós-graduações. A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) protocolou um pedido para suspender a medida. Deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) também disse que haverá investidas contra a revogação
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Parlamentares do Congresso Nacional tentarão tornar sem efeito a medida tomada pelo agora ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, demitido do governo Jair Bolsonaro. O ex-chefe do MEC revogou uma portaria sobre cotas para negros e indígenas em pós-graduações. Pelo menos dois projetos foram protocolados nesta quinta-feira (18) um na Câmara e outro no Senado. Deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Tabata Amaral (PDT-SP), por exemplo, destacaram nas redes sociais que farão investidas para suspender a medida.
De acordo com dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), negros eram 28,9% dos pós-graduandos, apesar de representarem 52,9% da população à época.
A portaria revogada era de maio de 2016, assinado pelo ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, ainda no governo Dilma Rousseff.
A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) foi uma das que protocolou pedido para suspender a iniciativa do ministro.
"O ministro da ignorância, Weintraub, revogou a portaria sobre políticas de cotas raciais na pós-graduação. As cotas, para além de promover justiça social, têm resultados acadêmicos comprovados. Não permitiremos retrocessos. Estou protocolando um PDL para suspender essa ação", escreveu ela no Twitter.
O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) também criticou a saída. "Weintraub armando na saída. O ministro da educação, Weintraub na calada da noite revogou uma portaria que previa a inclusão de indígenas, pardos, negros e pessoas com deficiência, para programas de pós graduação em faculdades federais. Vamos lutar contra isso", disse ele no Twitter.
A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, classificou a medida de Weintraub como "destruição". "Sai com mais destruição. Infelizmente, não surpreende. Esse grupo que está no comando do MEC não terá o perdão da história", disse.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247