Confederação convoca trabalhadores às ruas pela CPI do MEC
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação, Heleno Araújo, uma CPI pode passar a limpo os desvios de verba e o tráfico de influência no MEC
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Por Cida de Oliveira, da RBA - A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) convoca a categoria a ocupar as ruas para pressionar a instalação da CPI do MEC. Em ofício assinado nesta quarta-feira (13), o presidente da entidade, Heleno Araújo, propôs a realização de atividades presenciais, organizadas pelos sindicatos filiados à confederação em parceria com demais entidades locais para pressionar os senadores que ainda não assinaram o requerimento.
O autor da proposta, senador Randolfe Rodrigues, tem até agora a adesão de 24 senadores, com a possibilidade de o presidente da Comissão de Educação no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), assinar. O senador Otto Alencar (PSD-BA), disse ontem que aguarda decisão da liderança de seu partido.
Enquanto isso, o governo tenta tirar o foco das denúncias de irregularidades no Ministério da Educação, que inclui um gabinete paralelo comandado pelos pastores que se encontravam com o presidente. Segundo relatos de prefeitos e secretários de Educação, esses pastores chegaram a pedir propina em barra de ouro para liberar recursos. E em uma conversa gravada, o então Ministro Milton Ribeiro disse que seguia ordens de Bolsonaro.
Para Heleno, o governo está cada vez mais acuado. E a imposição de sigilo sobre as informações referente às visitas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o que seria para preservar a segurança do presidente e seus familiares, apontam que há questões graves a serem investigadas – o que apenas uma CPI teria poder para investigar.
“Ou seja: somente com a CPI será possível passar a limpo os desvios de recursos e o tráfico de influência no Ministério da Educação, que culminaram na queda do ex-ministro Milton Ribeiro”, justifica o dirigente da CNTE.
Heleno acredita ser oportuno neste momento a realização de manifestações de rua ou atos com repercussão nas principais bases eleitorais dos senadores, bem como mobilizar setores de imprensa e a mídia alternativa nas cidades-alvos para que os eventos ganhem notoriedade e dialoguem com a população.
Senadores que apoiam a CPI do MEC
- Randolfe Rodrigues
- Paulo Paim
- Humberto Costa
- Renan Calheiros
- Fabiano Contarato
- Jorge Kajuru
- Zenaide Maia
- Paulo Rocha
- Omar Aziz
- Rogério Carvalho
- Reguffe
- Leila Barros
- Jean Paul Prates
- Jaques Wagner
- Eliziane Gama
- Mara Gabrilli
- Nilda Gondim
- Veneziano Vital do Rego
- José Serra
- Tasso Jereissati
- Cid Gomes
- Alessandro Vieira
- Dario Berger
- Simone Tebet
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