'Compra de mansão não é pauta para Conselho de Ética', diz presidente da comissão

"Se há alguma irregularidade nisso, cabe à Receita Federal apurar, não ao órgão do Senado", afirmou o senador Jayme Campos (DEM-MT)

(Foto: ABr | Reprodução)


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247 - Após vir à tona a informação de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) havia comprado uma mansão de quase R$ 6 milhões em um bairro nobre de Brasília, o PT, PSOL e Rede acionaram o Conselho de Ética do Senado Federal, mais uma vez, para instaurar um processo contra o parlamentar. Em 2019, um pedido de investigação já havia sido feito em razão do escândalo das rachadinhas.

O presidente do colegiado do Senado, o senador Jayme Campos (DEM-MT), avalia, no entanto, que a compra da mansão por valor exorbitante não é motivo para processar Flávio. "A mera compra de uma mansão não é pauta para Conselho de Ética. Se há alguma irregularidade nisso, cabe à Receita Federal apurar, não ao órgão do Senado. Com relação à denúncia protocolada em 2019, eu enviei toda a documentação para a Advocacia-Geral do Senado, que é o órgão que deve se manifestar sobre o assunto. Por conta da pandemia e da resolução de número 7 do Senado, os trabalhos acabaram sendo prejudicados e, até hoje, não recebi nenhum retorno sobre esse assunto. Só posso tomar providências quando receber essa manifestação", disse Campos.

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Por sua vez, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, afirma que a compra da mansão pelo valor acordado levanta fortes suspeitas. "A compra da mansão de R$ 6 milhões, incompatível com os salários de um senador, torna ainda mais urgente a abertura do processo protocolado em 2019. Estou há dez anos (atuando) em Brasília e não vejo como é possível essa equação, a compra de uma mansão desse tipo".

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