Comissão externa vai avaliar contrato da Copa
Licitao para gerenciamento das obras do Estdio Nacional de Braslia passar pelo crivo do CREA-DF; No processo, 70% do critrio tcnico, o que poderia abrir espaos para escolhas arbitrrias; secretrio de Obras defende a lisurada seleo
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247 – O governo do Distrito Federal resolveu ampliar a transparência da licitação para o gerenciamento da segunda fase da construção do Estádio Nacional de Brasília. Em resposta a reportagem de hoje do 247, o GDF decidiu que o processo licitatório passará pelo crivo do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do DF (CREA-DF). Uma comissão externa deve avaliar o critério que atribui 70% da decisão sobre o vencedor a questões técnicas – relegando apenas 30% da escolha ao fator preço.
O secretário de Obras, Oto Silvério, destacou que disputas em que a nota técnica tem peso de 70% acontecem em vários governos e empresas, inclusive privadas, mas disse que isso não vai impedir o governo de aumentar a transparência do processo. “Decidimos submeter a avaliação técnica a essa comissão externa para que não paire nenhuma dúvida sobre a lisura do processo licitatório”, disse o secretário ao 247.
Em nota, o GDF informou que o valor da licitação em questão é de R$ 12 milhões, e não de R$ 30 milhões, como informou a reportagem. “Para que se evite qualquer tipo de suspeita sobre a comissão encarregada de atribuir notas técnicas às empresas participantes da licitação e, por fim, para afastar definitivamente qualquer dúvida quanto à lisura do processo, o GDF e a NOVACAP decidiram delegar a uma comissão externa à empresa a avaliação das propostas técnicas e a atribuição das suas respectivas notas”, disse o GDF ao 247 por meio da nota.
A arbitrariedade do critério levantou suspeitas sobre a condução do processo de licitação. Em Brasília, já era dada como certa a contratação da Concremat, empresa que, comenta-se, teria como padrinho o vice-presidente da República, Michel Temer. "Só conheço essa empresa de ouvir falar; não sei nem quem são os donos", disse Temer ao 247, em resposta aos rumores. Segundo a Secretaria de Obras do Distrito Federal, a contratação de uma empresa especializadas para administrar a segunda fase da construção é essencial, pois “a complexidade será bem maior “. A Secretaria de Obras informou que a decisão por contratar uma empresa já tinha sido tomada em meados 2010, antes mesmo do início das obras.
O secretário de Obras justifica a licitação pelo argumento da economia. "A partir de agora, precisaremos de profissionais mais qualificados, engenheiros eletrônicos, eletricistas. Não temos no quadro do governo. Os salários são altos e depois não haverá aproveitamento desse pessoal".
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