Com CPMI do 8 de janeiro controlada pelo governo, bolsonaristas apostam todas as fichas na CPI do MST

O plano da oposição para a CPMI do 8 de janeiro se resume a disputar a narrativa nas redes. Será pela CPI do MST, com maioria bolsonarista, que tentarão sangrar o governo

(Foto: Marcelo Camargo/ABr)


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247 - Congressistas aliados ao governo Lula (PT) conseguiram se articular e tomaram o controle da CPMI que deverá ser instalada na próxima semana para investigar os atentatos terroristas de 8 de janeiro. Diante deste cenário, a CPMI dos atos golpistas deixou de ser vantajosa para os deputados e senadores bolsonaristas, que tinham como plano inicial usar o colegiado para inverter a realidade dos fatos e jogar a culpa pelos atentados no colo do governo.

A estratégia agora é usar as redes sociais para tumultuar o debate sobre o 8 de janeiro e, em paralelo, partir com força para a CPI do MST na Câmara, onde a oposição deverá ter força notadamente maior que o governo, segundo relata Malu Gaspar, do jornal O Globo. A presidência da comissão será ocupada pelo bolsonarista Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) - que já classificou em livro o MST como movimento ‘terrorista’ e ‘criminoso’ - e o relator será o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) Ricardo Salles (PL-SP).

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Dentre os bolsonaristas que participarão da CPMI do 8 de janeiro estão Alexandre Ramagem (PL-RJ), André Fernandes (PL-CE) e Filipe Barros (PL-PR). Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) são suplentes. Os deputados terão a companhia dos senadores Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE). “Esses parlamentares, bem ativos nas redes sociais, pretendem aproveitar todas as oportunidades possíveis de produzir vídeos e posts que viralizem a partir do plenário da comissão, buscando reforçar o discurso de que o governo Lula se empenhou em dominar a CPI porque tem algo a esconder. A tese que os bolsonaristas pretendem vender ao público é a de que infiltrados, e não apoiadores do ex-presidente acampados por meses na porta de quarteis, promoveram os ataques às sedes dos Três Poderes – que houve negligência proposital do governo Lula na antecipação da invasão”, diz Malu Gaspar.

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O deputado federal bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) confirma a intenção da oposição de dar preferência à CPI do MST, onde seu grupo terá maioria: “ainda mais após a ida do [Geraldo] Alckmin no evento do MST. Ficou ainda pior para o governo”. O vice-presidente visitou uma feira do movimento em São Paulo.

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