Com aprovação de convocações e quebra de sigilos, deputados do DF dão início à CPI do golpismo de 8 de janeiro

A comissão é presidida pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT)

Chico Vigilante
Chico Vigilante (Foto: Divulgação)


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247 - Com a aprovação de diversos requerimentos de quebra de sigilos telemáticos, fiscais e bancários e convocações de autoridades, deputados do Distrito Federal deram início nesta manhã de terça-feira (14) à abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos terroristas e golpistas realizados por bolsonaristas em Brasília entre 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023. No dia 8 foram depredadas as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), deixou claro que o objetivo do trabalho é “saber efetivamente quem financiou esses atos, porque financiou essa tentativa de golpe para que nunca mais isso venha a acontecer nesse país”. Em entrevista concedida na segunda-feira (13) a jornais e emissoras de televisão, o parlamentar chegou a afirmar que, em sua avaliação, foi dado de fato um golpe no país, “só que esse golpe não se sustentou”. 

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Vigilante também é da opinião de que “só existiu o 8 de janeiro porque existiu o 12 de dezembro”. Nessa data, da diplomação do presidente Lula pela Justiça eleitoral, Brasília foi marcada por uma noite com várias depredações e incêndios de ônibus. “Tudo o que foi feito naquela época, o temor observado no dia 12, deveria ter servido de lição e de alerta por parte do governo do DF e das forças policiais para que um grande esquema de segurança fosse montado para o dia 8 de janeiro. Mas infelizmente, como vimos, nada foi feito. A quem interessava aquilo tudo?”, questionou o distrital.

Convocações 

Na reunião desta terça, o colegiado da comissão aprovou, dentre outros requerimentos, a convocação do ex-número 2 da Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, de Marília Alencar, ex-secretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF que também estava no cargo na época dos atos, do ex-secretário e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro Anderson Torres e do manifestante Antônio Claudio Alves Ferreira – o que quebrou o relógioconsiderado relíquia bastante valiosa, que estava exposto no Palácio do Planalto. 

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Os integrantes da CPI também votaram pela quebra de sigilos de alguns destes nomes e pelo compartilhamento de dados da Polícia Civil do DF com a CPI ao longo da realização dos trabalhos. As reuniões serão realizadas todas as quintas-feiras, a partir do próximo dia 2 de março. Sempre às 10h, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Ao falar, o relator, deputado Hermeto (MDB), reiterou a necessidade das apurações e disse que fazia suas declarações já ditas anteriormente por Vigilante de que “esta CPI não acabará em pizza”.

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