Clã Bolsonaro levou amigos, pastores e até cachorro em aviões da FAB

De 54 viagens de Michelle Bolsonaro, 33 apresentaram uma finalidade vaga, sem indicação dos eventos dos quais ela supostamente iria participar. A denúncia é do Metrópoles

Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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247 - A família presidencial usou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de eventos privados, como cultos religiosos, e para transportar amigos, parentes, pastores e até um cachorro de estimação. Foram mapeadas mais de 70 viagens da família - todas feitas sem Jair Bolsonaro (PL) estivesse a bordo. Foram 54 voos da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, 10 do vereador Carlos Bolsonaro, o filho 02 do agora ex-presidente, e 7 de Jair Renan Bolsonaro, o 04. Das mais de 50 viagens dela, 33 apresentaram uma finalidade vaga, sem indicação dos eventos dos quais ela supostamente iria participar. Nesses casos, os documentos informaram que as aeronaves decolariam “em apoio” a Michelle ou estariam “à disposição” de Jair Bolsonaro em missões envolvendo a primeira-dama. As informações foram publicadas no jornal Metrópoles.

Houve registro de pelo menos três viagens com essa finalidade, sem que houvesse nenhum outro evento oficial com divulgação pública que justificasse o deslocamento da primeira-dama. Ela pedia jatinhos da FAB para voar de Brasília para o Rio de Janeiro, onde gostava de frequentar os cultos de uma igreja evangélica na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Em agosto do ano passado, Michelle usou um avião da FAB para participar, em Belo Horizonte (MG), de uma celebração em homenagem ao pastor Márcio Roberto Vieira Valadão, pai do também pastor André Valadão.

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Um dos cachorros da família foi transportado em um dos jatos: Beretta, a cadela vira-latas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O nome do animal homenageia a famosa fabricante italiana de armas. O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, expedir a ordem. Os militares que receberam a missão registraram no grupo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que, no trajeto do Rio até Brasília (DF), era preciso incluir “a fera Bereta” - é assim que eles se referem à cadela.

Outro personagem que acompanhou a família foi o maquiador Pablo Agustin, durante uma uma visita ao Hospital de Amor de Barretos, especializado no tratamento de pacientes com câncer, em 25 de outubro de 2019.

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Leia a íntegra no Metrópoles

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