Chefe da Marinha 'beirou a insubordinação' contra Braga Netto, que mudou comando das Forças Armadas

O comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa, se exaltou com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e foi o que mais defendeu um afastamento entre o Executivo e os militares

Ilques Barbosa
Ilques Barbosa (Foto: Agência Brasil)


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247 - A tensa reunião entre os três comandantes das Forças Armadas, que foram exonerados pelo atual ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, nesta terça-feira, 30, beirou a insubordinação, quando o chefe da Marinha, almirante Ilques Barbosa, se exaltou com o ministro do governo Jair Bolsonaro.

Barbosa foi o que mais defendeu um afastamento entre o Executivo e os militares, segundo o portal O Antagonista. O almirante disse ao ministro-general ser “inadmissível” qualquer tipo de interferência do Poder Executivo nos quadros das Forças Armadas. Barbosa ainda teria se colocado contra as FA entrarem “em uma aventura”, em referência ao golpe militar de 1964, que será comemorado pelos bolsonaristas nesta quarta-feira, 31.

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Ainda, o chefe do Exército, general Edson Leal Pujol, reclamou de Bolsonaro ter utilizado a expressão “Meu Exército” em diversas oportunidades.

Braga Netto demite comandantes das Forças Armadas

Em reunião com os três chefes das Forças Armadas - Pujol (Exército), Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) - e o seu predecessor no ministério da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, Braga Netto anunciou a substituição dos três oficiais. Netto assumiu o ministério nesta segunda-feira, 29, após Jair Bolsonaro realizar uma reforma geral nos ministérios do governo federal.

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Segundo a jornalista Miriam Leitão (O Globo), Bolsonaro demitiu o general Fernando Azevedo justamente para tirar o general Edson Pujol do comando do Exército. Ela alegou que Pujol não queria usar a Força como instrumento pessoal de Bolsonaro e tinha o apoio do então ministro da Defesa.

Além disso, entrevista do responsável pelo departamento-geral de pessoal do Exército, general Paulo Sérgio, para o Correio Braziliense, defendendo o isolamento social e o uso de máscaras para preservar os integrantes da Força diante da pandemia teria sido mais um dos pretextos de Bolsonaro para demitir o ex-ministro.

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