Cafeterias para todos
O cardápio desses estabelecimentos vai além do tradicional 'espresso'. As refeições saem rápido, mas o ambiente convida a apreciá-las sem pressa
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Natalia Emerich_Brasília 247 – Já percebeu, ao dar uma volta por Brasília, a quantidade de cafés pelas quadras? Tem de todo tipo: grandes, pequenos, visíveis, escondidos, baratos, caros. E não é preciso ser fã de cafeína para frequentá-los. Os cardápios têm opções variadas. Se você não consome produtos de origem animal ou que envolvam animais em testes, por exemplo, na 203 Norte há uma opção vegana, o Corbucci. Meio escondido, virado para a quadra residencial, serve iguarias alternativas. Os laticínios são substituídos por produtos feitos de sementes oleaginosas. No pão de queijo, a batata entra no lugar do próprio queijo. Apesar de o cardápio fugir ao padrão comum dos cafés, atende a todo tipo de público. "Muita gente consome e nem sabe quais ingredientes são utilizados", explica a proprietária, Marina Corbucci. Nem todos que vão a cafés querem consumir a bebida. A enfermeira Lilian Rafaela Oliveira (foto), de 29 anos, é atraída pelos doces. De fato, ela chegou ao Fran´s Café, na 210 Norte, pediu a torta de amendoim – é sempre a mesma –, se deliciou e foi embora. Segundo o proprietário do local, Germano Zenkner , o café não é o carro-chefe da casa. São mais de 140 itens, como tortas, sanduíches, sopas, sucos, massas e bebidas alcoólicas. "Ter um espaço 24 horas que fuja aos padrões de fast-food atrai muito os clientes", afirma Zenkner. Apesar das novidades envolvendo o segmento, há quem abra o negócio simplesmente pela paixão aos grãos. "É uma questão de cheiro, ambiente e sabor", define Gabriela Alvino Sturba, uma das proprietárias do Grenat Café (202 Sul). Existe desde 2008, mas foi ampliado neste ano. Lá, quem manda no menu é mesmo o café, sempre a partir de grãos especiais de fazendas certificadas. Além do tradicional 'espresso', há opções da bebida incrementadas com licores e frutas. "Para quem está antenado com a gastronomia, o café é como um prato", explica Gabriela. Ela diz que o público de Brasília viaja muito e procura espaços especializados em cafés especiais. Mas o público do Grenat é variado, uma vez que está em ponto estratégico, próximo ao Setor Bancário Sul. Atrai pessoas que trabalham por perto. Investir no visual, aliás, é muito importante. Apesar das restrições à cafeína, o odontologista André Saddi (foto), de 47 anos, frequenta cafés porque gosta do ambiente. "Normalmente passo pelo lugar, vejo, gosto e sento", afirma. "Não saio de casa especificamente para tomar um café, é imprevisível." Fora de casa A expansão dos cafés, na verdade, acompanha o crescimento do segmento gastronômico como um todo, diz o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Brasília, Clayton Machado. "As pessoas estão se alimentando mais na rua, devido à rotina moderna", diz. Segundo Machado, os empresários ficam de olho na demanda e investem em espaços cada vez mais personalizados para conquistar o cliente. A funcionária pública Luciana Noronha (foto E), de 44 anos, e a estudante Regina Freire (foto D), de 36, são dessas moradoras de Brasília que costumam sair para lanchar ou jantar em cafés. "Os ambientes são diferenciados, você pode fazer uma reunião, ler, conversar e comer tranquilamente", diz Luciana. "Para nós, que não bebemos, é um local mais família, com muita opção no cardápio." Apesar da variedade de comidas, bebidas e estabelecimentos, Luciana confessa que gosta mesmo é do tradicional. "Meu negócio é pão de queijo, broa e café."
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