Brasília lidera transplantes do coração no país
Levantamento da Associao Brasileira de Transplantes de rgos mostra que Braslia a capital das cirurgias cardacas; o Distrito Federal tambm ocupa posies de destaque nos rankings de transplantes de crnea, rim e fgado
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Agência Brasília – O número de transplantes no Distrito Federal apresentou um salto significativo nos últimos meses. O DF está entre as unidades da federação que mais realizaram esse tipo de cirurgia, em números proporcionais. De janeiro a março, foram 23 transplantes de rim, 120 de córneas, sete de fígado e sete de coração. Essa estatística fez com que o DF assumisse o 1º lugar no ranking de cirurgias de transplante cardíaco, 2º de córnea, 4º de rim e 5º em relação a fígado. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e confirmam a meta estabelecida pelo governador Agnelo Queiroz no começo de sua gestão.
“Pretendemos incentivar e ampliar o número de transplantes. Nosso projeto tem o intuito de transformar o DF em referência nacional em medicina de alta complexidade”, destacou o governador Agnelo Queiroz. Ele foi o autor da lei distrital que autorizou o GDF a criar a Central de Captação de Órgãos e o documento de autorização oficial de doação de órgãos.
Para o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, que atuou durante 26 anos na área de transplantes, o bom resultado obtido é fruto de trabalho e dedicação. “Quando assumimos a pasta, o transplante de córnea estava descredenciado. O mesmo acontecia com o de rim e o de fígado estava parado há mais de quatro anos. A primeira decisão que tomamos foi colocar os transplantes como prioridade de governo e, assim, investir na criação de uma estrutura totalmente diferente no Hospital de Base. Atualmente, ao invés de São Paulo vir buscar órgãos aqui, nós é que estamos enviando profissionais para captar órgãos lá”, revela o secretário. O DF foi credenciado em novembro para realizar transplantes de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Outro fato inovador é o aproveitamento de órgãos que o Distrito Federal está tendo com o doador multiorgânico. “Na grande maioria das vezes, estamos aproveitando os órgãos aqui mesmo e só disponibilizamos para outros estados quando não temos um receptor aqui”, ressalta Barbosa.
A próxima meta da Secretaria de Saúde é implantar o transplante de pulmão, que praticamente só é realizado no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Outro objetivo, ainda mais próximo de ser atingido, é a adoção do transplante conjugado, de rim e pâncreas, que beneficiará os pacientes diabéticos que passam por sessões de hemodiálise. Esse tipo de cirurgia, considerada de maior risco porque envolve o manejo de dois órgãos, já foi feita no Distrito Federal uma única vez e voltará a ser realizada de maneira regular.
A Secretaria também planeja – e inclusive já obteve autorização do Conselho de Saúde – a criação de duas Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), nos hospitais de Santa Maria e de Base, que contam com as maiores Unidades de Terapia Intensiva do Distrito Federal. As OPOs trabalharão com profissionais em regime de plantão durante 24h, em busca de doadores, e darão suporte à Central de Captação de Órgãos, responsável pela coordenação e acompanhamento das listas de espera de pacientes por cirurgias de transplantes, entre outras atividades.
“As famílias têm se sensibilizado e vêm doando órgãos com regularidade. Todos os dias realizamos, em média, cinco transplantes. Caso não fossem bem atendidas ou percebessem que seus entes queridos ficaram desassistidos, dificilmente essas famílias estariam doando. Isso mostra que estamos melhorando cada vez mais o serviço público de saúde”, analisa o secretário Rafael Barbosa.
Quantidade de Transplantes - (de janeiro a março/2012)
- Coração - 7
- Fígado - 7
- Rim - 23
- Córnea - 120
- Total - 157
Ranking do DF em relação aos outros estados (período de um ano e meio):
1º em transplante cardíaco
2º em transplante de córnea
4º em transplante de rim
5º em transplante de fígado
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