Brasília ganhará mais 10 bicicletários antes da Copa

A iniciativa faz parte de um projeto do governo do Distrito Federal que colocará em funcionamento, antes do Mundial, 10 estações e 100 bikes para compartilhamento; a previsão é que, até o segundo semestre, outras 30 estações e 300 veículos estejam disponíveis ao público

A iniciativa faz parte de um projeto do governo do Distrito Federal que colocará em funcionamento, antes do Mundial, 10 estações e 100 bikes para compartilhamento; a previsão é que, até o segundo semestre, outras 30 estações e 300 veículos estejam disponíveis ao público
A iniciativa faz parte de um projeto do governo do Distrito Federal que colocará em funcionamento, antes do Mundial, 10 estações e 100 bikes para compartilhamento; a previsão é que, até o segundo semestre, outras 30 estações e 300 veículos estejam disponíveis ao público (Foto: Leonardo Lucena)


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Fábio Magalhães e Ailane Silva, da Agência Brasília - A capital federal, que está entre as 10 cidades brasileiras com os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo a ONU, tem proporcionado cada vez mais qualidade de vida aos seus moradores e turistas. Como uma das sedes da Copa do Mundo, Brasília passou por diversas intervenções na infraestrutura e está pronta para receber milhares de torcedores.

As melhorias estruturais aconteceram em vários pontos da cidade e são perceptíveis pela população. Uma delas foi a instalação de 15 km de ciclovias em todo o Eixo Monumental, o que contribuiu para que a capital brasileira se tornasse referência mundial nesse tema ao atingir a marca de 433 km disponíveis aos ciclistas.

De acordo com levantamento da Mobilize Brasil, a cidade desbanca diversas outras capitais estrangeiras no quesito ciclovias, como Copenhague (Dinamarca), Bogotá (Colômbia), Amsterdã (Holanda) e até mesmo Paris (França). Para o arquiteto João Teófilo, que utiliza a bike ao menos quatro vezes por semana, essa é uma iniciativa aprovada.

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"Em cada um dos dias, ando cerca de 30 km. Saio do Cruzeiro, vou à Asa Sul, Asa Norte, UnB. É muito bom esse trabalho que está sendo feito na cidade para priorizar os ciclistas", disse o jovem de 28 anos.

Essa mudança cultural em relação ao transporte será estimulada ainda mais com a disponibilização de 400 bicicletas aos brasilienses e turistas. A iniciativa faz parte de um projeto do GDF que colocará em funcionamento, antes do Mundial, 10 estações e 100 bikes para compartilhamento. A previsão é que, até o segundo semestre, outras 30 estações e 300 veículos estejam disponíveis ao público.

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"O GDF apoia o uso das bicicletas. Por isso, estamos realizando uma série de ações para incentivar a população a usar esse meio de transporte, que é sustentável e ocupa espaço muito menor do que um carro", destacou o secretário de Governo, Gustavo Ponce de Leon, em entrevista à Agência Brasília.

FUNCIONAMENTO – Esse projeto terá custo zero para o governo local, já que a empresa pernambucana Serttel, vencedora da chamada pública para instalação do sistema, captará recursos com utilização de publicidade.

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Já os usuários têm de pagar apenas uma taxa anual de R$ 10, descontada em cartão de débito ou crédito, e fazer um cadastro on-line, com informação do CPF, RG e endereço, em um site, que está em criação.

Quando desejar pedalar pela cidade, basta o interessado ligar para a central ou solicitar a liberação da bicicleta pela internet. Depois disso, ele tem direito a utilizar o meio de transporte por uma hora, ininterruptamente. Caso queira continuar com o veículo, ele deverá ser recolocado em uma das estações, de onde será liberado novamente após 15 minutos, sem custo.

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Outra opção é utilizar ininterruptamente e pagar a taxa de R$ 5 por hora excedente. "Isso é uma medida para que um número máximo de pessoas consiga utilizar a bicicleta e não ocorra uma espécie de monopólio", acrescentou Gustavo Ponce.

As bicicletas possuem um chip de identificação e são feitas de material resistente, com dupla camada de alumínio e um tipo de plástico, o poliestireno. Já as estações, com placas fotovoltaicas para captar energia solar, têm capacidade para 10 vagas. As bicicletas são destravadas após "autorização eletrônica", feita automaticamente pelo sistema.

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Ciclista, Uirá Felipe Lourenço, que faz parte da ONG Rodas da Paz, avaliou como positiva a iniciativa de disponibilizar bicicletas à população. Ele destacou os avanços ocorridos nos últimos anos e deu dicas de melhorias que podem ser adotadas para respeitar ainda mais quem optar por pedalar.

"Colocar bicicletas públicas é uma iniciativa bastante favorável. É uma atitude que pode favorecer o uso do veículo. Vejo no dia a dia que a cidade tem um grande potencial para isso, que tem tido mais ciclovias. Agora, temos de observar a questão da continuidade delas e de fiscalização, para que carros não as invadam", lembrou.

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PEDESTRES – Além de estimular meios alternativos de transporte, o governo local intensificou as melhorias para os pedestres, como a construção de calçadas com acessibilidade, paisagismo e instalação de baias de ônibus. De acordo com a Novacap, foram investidos R$ 20,4 milhões, somente na área central do Plano Piloto (setores hoteleiros Sul e Norte) e no Eixo Monumental.

"Essa obra faz parte de um projeto para deixar a cidade mais moderna, funcional, sem impactar ou danificar o tombamento. É uma forma de transformar Brasília, a partir do recebimento da Copa do Mundo, deixando um legado para a população", destacou a diretora de Obras Especiais da Novacap, Maruska Lima.

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