Bolsonaro usa crianças em vídeo para campanha política sem autorização dos pais
Os resposáveis por uma das estudantes, que tem menos de 10 anos, registraram boletim de ocorrência e agora vão à Justiça para impedir que o vídeo seja publicado
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Jair Bolsonaro usou imagens de crianças de uma escola em Brasília para fazer vídeo que está sendo usada para campanha política.
Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, os pais de uma dessas crianças registraram boletim de ocorrência nesta sexta-feira.
Os responsáveis por uma menor de idade que aparece no vídeo disse que se sente como alguém que não conseguiu proteger a filha.
A escola teria enganado os pais. Pediu autorização para passeio turístico, com camiseta da Seleção Brasil, para produzir imagens alusivas à Copa do Mundo.
Porém os alunos foram levados para o Palácio do Alvorada e ali o vídeo foi gravado.
“Eu e a mãe da minha filha mandamos ela com a blusa branca, porque não queríamos que associassem ela com política. Não é sobre ter lado, é sobre proteger minha filha, que não tem nem 10 anos. E aí eu descobri sobre o vídeo porque as pessoas vieram comentar comigo. Nós estamos muito tristes, nossa filha está sendo exposta mundialmente. Eu sinto que não consegui proteger minha filha”, disse o pai de uma das alunas, o cantor Milsinho, com a voz embargada de choro.
A mãe é a servidora pública Carol Silva. Ambos estão unidos na iniciativa de recorrer à Justiça para retirar o vídeo do ar ou impedir que continue a ser publicado.
“Nós tememos represálias, minha filha é negra, as pessoas estão matando pessoas por causa de cor de camisa e posicionamento político. A gente não quer que nossa filha passe por isso”, afirmou Milsinho.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247