Bolsonaro tem direito de desistir de depoimento sobre interferência na PF, defende Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, destacou que, “na qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado”

(Foto: ABr)


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247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o direito de Jair Bolsonaro não prestar depoimento à Polícia Federal (PF) em inquérito que investiga suposta interferência no órgão.

A interferência foi denunciada pelo ex-ministro Sergio Moro e estava paralisada por conta de Bolsonaro, que não havia ainda prestado depoimento sobre o caso. A decisão de abrir mão do depoimento foi anunciada pela Advocacia-Geral da União (AGU) na quinta-feira, 26.

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Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou a opinião da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso. Para o órgão, “inexiste razão para se opor à opção” de Bolsonaro. 

“Na qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado”, afirmou Aras. “Há de ser respeitada, pois, a escolha da autoridade investigada, que intenta exercer o seu direito ao silêncio, constitucionalmente garantido”.

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