'Cada um siga a sua vida', diz Bolsonaro sobre o ex-braço-direito Mauro Cid

O ex-ocupante do Planalto e o tenente-coronel estão na mira da Justiça por fraudes em cartões de vacinação. A defesa de Jair Bolsonaro comemorou o silêncio do militar

Jair Bolsonaro (à esq.) e Mauro Cid
Jair Bolsonaro (à esq.) e Mauro Cid (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)


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BRASÍLIA (Reuters) - Em visita surpresa ao Senado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que espera que seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que está preso, não tenha errado, e destacou que cada um segue com a sua vida.

Bolsonaro disse ter visto na TV que Cid ficou em silêncio em depoimento que prestou na Polícia Federal mais cedo nesta quinta em uma apuração sobre a falsificação dos cartões de vacinação do ex-presidente e de pessoas próximas aos dois.

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O ex-ajudante de ordens foi preso no início do mês por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nessa investigação, ocasião em que o ex-presidente foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência em Brasília.

"Ele (Mauro Cid) é um excelente oficial do Exército brasileiro, jovem ainda, forças especiais, comandos, paraquedistas, primeiro lugar de quase todo curso que fez, tem dado o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado. E cada um siga a sua vida", afirmou Bolsonaro a repórteres ao ser questionado sobre Cid.

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Bolsonaro, que lembrou ele próprio ter prestado depoimento à PF dias atrás sobre o mesmo caso, disse que procurou fazer tudo certo e repetiu sua linha de defesa. Afirmou que, quanto à vacinação dele, nunca se vacinou contra a Covid e não tinha exigência de estar vacinado para entrar nos Estados Unidos.

No depoimento que prestou à PF na terça, visto pela Reuters, o ex-presidente afirmou à PF que, caso Mauro Cid tenha arquitetado uma fraude em seu cartão de vacinação, o fez à revelia de seu conhecimento.

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Bolsonaro esteve no Senado para se reunir com aliados no gabinete do seu filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na a primeira visita que faz o Congresso desde que deixou o comando do país.

SILÊNCIO DE CID

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Mauro Cid permaneceu em silêncio durante o depoimento, dizendo já no início que não iria responder a perguntas, segundo uma fonte da PF.

Procurada, a defesa do ex-ajudante de ordens não se manifestou de imediato sobre pedido de comentário da reportagem.

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O advogado Fábio Wajngarten, que tem atuado também na comunicação pessoal de Bolsonaro, disse à Reuters que a decisão do ex-auxiliar de Bolsonaro foi "tecnicamente correta" porque a defesa dele não teve acesso a todas as informações do caso.

Wajngarten destacou que o ex-presidente não tinha nenhuma preocupação com uma eventual fala de Mauro Cid.

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