Bolsonaro reage com desprezo à entrevista de Zambelli: "não li, nem vou ler"
"Não discuti o assunto dessa notícia com ninguém", disse Jair Bolsonaro
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247 - Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (23) não ter conversado com alguém sobre a entrevista concedida à Folha de S.Paulo pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), na qual ela fez críticas ao aliado. "Não discuti o assunto dessa notícia com ninguém. Eu não li essa entrevista, nem vou ler", disse Bolsonaro à CNN Brasil.
Na entrevista à Folha, Carla Zambelli criticou a postura de Bolsonaro no sentido de questionar o resultado das eleições.
A parlamentar também disse ter entrado em contato com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para não ser presa. Era o contexto da investigação sobre o questionamento da confiança das urnas eletrônicas feito por Bolsonaro e por seus apoiadores.
Bolsonaro disse ter sido traído por Carla Zambelli. Moraes é um dos principais desafetos do ex-ocupante do Planalto, que tentou passar para a população a mensagem de prejuízos à governabilidade causados pelo Poder Judiciário. Bolsonaro queria deixar a população contra ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração das eleições.
Críticas ao Judiciário são uma das estratégias do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.
Bannon, que foi estrategista de Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.
Em novembro de 2022, o TSE multou o partido de Bolsonaro, o PL, em R$ 22 milhões por questionar as urnas.
No dia 8 de janeiro, em Brasília, bolsonaristas invadiram o Congresso, o STF e o Planalto, em protesto contra a vitória de Lula. A Procuradoria-Geral da República denunciou pelo menos 835 pessoas pela participação nos atos golpistas.
Em 16 de janeiro, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta do decreto para dar um golpe de Estado em uma ação de investigação contra Bolsonaro.
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