Bolsonaro quer mandar irmão de Weintraub para cargo nos EUA
Arthur Weintraub é assessor especial de Jair Bolsonaro e pode ser enviado, assim como seu irmão Abraham Weintraub, a um cargo em uma organização internacional com sede em Washington, onde está sediado o Banco Mundial
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247 - O governo avalia enviar o irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, Arthur Weintraub, para cargo nos Estados Unidos. Atualmente ele é assessor especial de Jair Bolsonaro.
Segundo a CNN Brasil, assim como o irmão, Arthur pode ser enviado a um cargo em uma organização internacional com sede em Washington.
Abraham foi indicado para ocupar um cargo no Banco Mundial com sede na mesma cidade, mas foi alvo de críticas. Na quarta-feira, 24, a associação de funcionários do Banco Mundial encaminhou uma carta ao Comitê de Ética da instituição pedindo que seja aberta uma investigação contra o ex-ministro.
No documento, a associação também pede que a nomeação de Weintraub seja suspensa até a conclusão do processo. O documento sobre a posição da entidade foi encaminhado para todos os funcionários do banco.
A carta destaca as falas preconceituosas do ex-ministro em relação à China e minorias, e os ataques feitos por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF). "O Banco Mundial acaba de assumir uma posição moral clara para eliminar o racismo em nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do Conselho de expor o racismo onde quer que o vejamos. Confiamos que o Comitê de Ética compartilhe dessa visão e faremos tudo ao alcance para aplicá-lá", dizem os funcionários em um trecho da carta.
A carta da associação do funcionários do Banco Mundial observa, ainda, que "de acordo com múltiplas fontes, o senhor Weintraub publicou um tuíte de carga racial, ridicularizando o sotaque chinês e culpando a China pela covid-19, e acusando os chineses de 'dominação mundial'; levando a Suprema Corte a abrir uma investigação por crime de racismo".
A associação ressalta que “embora sua indicação tenha sido condenada por vários países clientes, a Associação de Funcionários entende que a escolha deste diretor executivo é do Brasil e somente do Brasil", mas observam que é preciso respeitar padrões de integridade e de ética na conduta pessoal e profissional, estando estes em linha com práticas e políticas adotadas pelo banco.
“Solicitamos formalmente ao Comitê de Ética que reveja os fatos subjacentes às múltiplas alegações, com intenção de (a) colocar sua indicação em espera até que essas alegações possam ser revisadas e (b) garantir que o Sr. Weintraub seja avisado de que o tipo de comportamento pelo qual ele é acusado é totalmente inaceitável nesta instituição”, pontua o documento.
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