Bolsonaro mantém PP no comando da área que compra vacinas no Ministério da Saúde
O PP, um dos partidos do Centrão, é responsável por chefiar o Departamento de Logística do Ministério da Saúde. O DLOG executa contratos bilionários e é lá onde surgiram suspeitas de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin
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247 - Jair Bolsonaro manteve o PP sob o comando do Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde, onde surgiram suspeitas de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. O partido é o mesmo do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, que atua pelo Paraná. Entre as atribuições do DLOG está a coordenação das compras de bens e insumos estratégicos, como as vacinas contra Covid-19.
O departamento executa contratos bilionários. De 2019 a junho deste ano, autorizou pagamentos que somaram R$ 24,8 bilhões, de acordo com o Portal da Transparência. A estatística foi publicada em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Na campanha eleitoral, Bolsonaro disse que não negociaria cargos com partidos políticos para manter a governabilidade no Congresso e definiu a prática como crime de responsabilidade.
Investigações
O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) disse à CPI da Covid, na sexta-feira (25), que Ricardo Barros foi o deputado citado por Bolsonaro e que estaria envolvido nas negociações para a importação da vacina indiana Covaxin. A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O valor da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. Barros negou ter participado das negociações.
O congressista pelo Distrito Federal vinha denunciando publicamente que o seu irmão Luís Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística da pasta da Saúde, sofria pressão dentro da pasta para agilizar a aquisição da vacina indiana.
O deputado afirmou ter enviado a um secretário de Bolsonaro mensagens com os alertas de uma possível corrupção no ministério.
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