Bolsonaro entra na articulação da CPMI do 8 de janeiro e escancara objetivo de atacar o governo
Bolsonaristas querem fazer parecer que Lula tinha interesse nos atentados de 8 de janeiro. Suposição não encontra qualquer respaldo nas investigações dos atos golpistas
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247 - Apesar de refugiado nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (PL) entrou de vez na articulação para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o terrorismo de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em uma tentativa de golpe de estado alimentada pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto e seus aliados.
A movimentação de Bolsonaro pelos bastidores da CPMI escancara o caráter oposicionista do colegiado, que tem como objetivo desgastar o governo Lula (PT) e tentar culpá-lo pelo episódio em questão, alimentado pelo governo anterior.
"Ao longo desta semana, o ex-presidente telefonou para parlamentares que integraram sua base para pedir empenho em tirar a comissão do papel e pediu detalhes de como anda o processo", conta Bela Megale, do jornal O Globo.
Congressistas bolsonaristas querem usar a CPMI para emplacar a versão de que o governo Lula sabia dos iminentes atos terroristas de 8 de janeiro e mesmo assim optou por não agir, já que teria o interesse de usar os ataques como pretexto para acabar com o acampamento golpista em frente ao Exército. Na avaliação da oposição, isto poderia culminar até em um pedido de impeachment.
"A tese criada por integrantes da oposição não tem respaldo em nenhuma investigação sobre os atos golpistas conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal", lembra a reportagem.
Bolsonaro se animou com o plano traçado pelos aliados e colocou a mão na massa para tentar levar a CPMI adiante.
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