Bolsonaro empareda Congresso e diz que pode não haver protesto de 15 de março se deputados desistirem de emendas
Ao falar para cerca de 300 apoiadores, o presidente afirmou que os políticos devem “obedecer o povo” e que o que o povo quer agora é que o Parlamento “não seja dono de 15 bilhões de reais”
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MIAMI (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, a uma plateia de apoiadores em Miami, que se até o dia 15 de março o Congresso desistisse da proposta de manter o controle sobre 15 bilhões de reais do Orçamento, as manifestações marcadas para aquele dia poderiam nem acontecer, ou ao menos não terem a mesma força.
Os 15 bilhões de reais do Orçamento que ficaram sob o comando do Congresso, como emendas do relator, são parte de um acordo negociado entre o Executivo e os parlamentares —com aval do presidente— para permitir a manutenção dos vetos de Bolsonaro a partes da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 que tratavam do Orçamento Impositivo e aumentavam o poder do Congresso de definir a alocação e prazos das emendas parlamentares.
Ao falar para cerca de 300 apoiadores, o presidente afirmou que os políticos devem “obedecer o povo” e que o que o povo quer agora é que o Parlamento “não seja dono de 15 bilhões de reais”.
Grupos de apoio ao presidente convocaram as manifestações de 15 de março, alguns deles com o objetivo de protestar contra o Congresso e o Judiciário.
Em seu discurso em Miami, no entanto, o presidente ressaltou que, para ele, a manifestação do próximo domingo não é contra o Parlamento ou o Judiciário.
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