Bolsonaro: se mostrar o vídeo inteiro, “complica a situação”

“Não era um depoimento público, era reservado”, disse Jair Bolsonaro ao defender que o vídeo da reunião ministerial que provaria sua interferência na PF não seja publicado na íntegra, mas apenas o trecho da conversa com Moro

(Foto: PR)


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247 - Respondendo a perguntas de jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira 11, Jair Bolsonaro defendeu que órgãos de investigação não divulguem a íntegra do vídeo da reunião ministerial entregue por ele ao Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira (8). 

O vídeo pode ser a prova da denúncia apresentada pelo ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal de que Jair Bolsonaro tentou interferir no comando da PF. Para Bolsonaro, o vídeo é de caráter privado e apenas o trecho da conversa com Moro deveria ser publicada para que se tirasse a dúvida. 

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, também é contra a divulgação da íntegra do vídeo. A íntegra do vídeo será exibida nesta terça-feira (12) na sede da Polícia Federal em Curitiba, com a presença de Moro e de seu advogado.

“Não era um depoimento público, era reservado. Eu podia falar ‘não tenho mais o vídeo’. Não tenho obrigação de ter o vídeo. Mas assumi, a verdade acima de tudo. Agora o que eu acho que deve ser feito é extrair a parte em que eu fale do Moro”, disse. “Nós fornecemos o vídeo na íntegra e nem precisávamos”, completou.

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“É justo expor o que falamos sobre política externa, segurança nancional, tornar público isso aí? Aí complica a situação. Eu não neguei em fornecer a fita bruta, e obviamente esperando que os outros poderes tratem de forma justa”, apelou ainda.

O vídeo da reunião ministerial será exibido integralmente na terça-feira (12) na sede da PF em Brasília, de acordo com informações de Renata Agostini, da CNN Brasil. Em depoimento à PF, Moro disse que, na reunião com ministros, Bolsonaro afirmou que gostaria de ter ter acesso a relatórios de inteligência da PF.

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O vídeo foi enviado ao Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira (8). O ministro Celso de Mello autorizou, na noite de sábado (9), que as partes do inquérito que investiga suposta interferência na PF tenham acesso ao HD que contém os registros da reunião ministerial no Planalto realizada em 22 de abril.

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