Bolsonaro afirma que "muito caminhoneiro vai parar"

"Lamento", disse ele, que se mostra incapaz de alterar a política de preços da Petrobrás implantada após o golpe de estado de 2016

Caminhoneiros em Gravataí, no Rio Grande do Sul; e Jair Bolsonaro
Caminhoneiros em Gravataí, no Rio Grande do Sul; e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Diego Vara | Alan Santos/PR)


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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o aumento no preço dos combustíveis levará muitos caminhoneiros a parar, e afirmou que vai sancionar, assim que for aprovado pelo Congresso, um projeto que altera regras de cobrança do ICMS sobre os combustíveis para segurar a alta de preços.

"O preço está caro. Tem muito caminhoneiro que vai parar, eu sei disso, lamento, porque não suporta mais essa carga tributária", disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

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A Petrobras anunciou mais cedo nesta quinta que elevará os preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina deverão subir quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.

A alta no preço aconteceu apesar de pressões políticas, inclusive do próprio Bolsonaro, que sugeriu na semana passada que a petroleira diminuísse sua margem de lucro de forma a evitar uma disparada dos valores nos postos de combustíveis.

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Apesar das críticas, o presidente disse que se a Petrobras não aumentar o preço "teremos o desabastecimento, que é pior do que o combustível caro".

Para tentar conter a alta dos combustíveis, o Senado aprovou dois projetos nesta quinta relacionados ao tema, um que altera as regras de cobrança do ICMS e zera PIS/Cofins sobre diesel, GLP e biodiesel e outro que cria uma conta de estabilização para os preços.

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Segundo Bolsonaro, a nova legislação dará um desconto de 60 centavos no litro do diesel, por exemplo. Repetindo o que havia dito mais cedo o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro falou que 33 centavos caberão ao governo federal cortar, enquanto 27 centavos serão a parte dos governadores.

A mudança no ICMS, que é um imposto estadual, vinha sendo defendida por Bolsonaro há bastante tempo como forma de conter o aumento dos preços, e o presidente disse que está pronto para sancionar o projeto assim que for aprovado pela Câmara.

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O presidente lamentou que o reajuste anunciado pela Petrobras entrará em vigor já na sexta-feira, portanto provavelmente antes da entrada em vigor da nova legislação.

"Como seria bom se a Petrobras reajustasse segunda ou terça-feira, mas eu não posso intervir na Petrobras, mesmo sendo acionista majoritário", disse.

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