Barroso envia à PGR queixa-crime de Ciro Gomes contra Bolsonaro

Ciro acusa Bolsonaro e Mendonça de praticarem o crime de advocacia administrativa, alegando que a abertura de um inquérito, no último mês de março, para investigá-lo é uma forma de usar a Administração Pública contra os opositores

Luís Roberto Barroso em coletiva.
Luís Roberto Barroso em coletiva. (Foto: Reprodução)


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247 - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) uma queixa-crime apresentada por Ciro Gomes (PDT) contra Jair Bolsonaro e o atual advogado-geral da União, André Mendonça, ex-ministro da Justiça.

Cabe à PGR denunciar formalmente Bolsonaro à Justiça. 

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Ciro acusa Bolsonaro e Mendonça de praticarem o crime de advocacia administrativa, alegando que a abertura de um inquérito, no último mês de março, para investigá-lo é uma forma de usar a Administração Pública contra os opositores. 

A abertura do inquérito contra Ciro foi solicitada pelo então ministro da Justiça à Polícia Federal para apurar "suposto cometimento de crime contra a honra do presidente da República".

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Ciro é alvo de inquérito por criticar Bolsonaro

Ciro virou alvo da PF após criticar Bolsonaro em entrevista. O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio Jair Bolsonaro, que utilizou a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência. O caso corre na Justiça Federal do DF.

Em entrevista à Rádio Tupinambá, de Sobral (CE), em novembro de 2020, Ciro disse que a população, ao não apoiar os candidatos de Bolsonaro, mostrava um sentimento de “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do País e seu desrespeito à saúde pública”.

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Ao criticar o ex-juiz da Lava Jato de Curitiba e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro, Ciro Gomes também chamou o presidente de ladrão e citou o caso de “rachadinha” envolvendo seus filhos.

“Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção? Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf, que descobriu a esculhambação dos filhos e da mulher do Bolsonaro, que recebeu R$ 89 mil desse (Fabrício) Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão pra valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sérgio Moro? Acobertando”, disse.

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