Barbosa: prisões brasileiras são "um inferno"

Em palestra na Universidade de Londres, presidente do Supremo Tribunal Federal diz que políticos não se importam com situação do sistema carcerário porque não dá votos; ele voltou a negar interesse em se candidatar à Presidência e disse que nem na faculdade teve militância política; quanto à discriminação, afirmou que o Brasil nunca enfrentou de frente o preconceito contra negros

Em palestra na Universidade de Londres, presidente do Supremo Tribunal Federal diz que políticos não se importam com situação do sistema carcerário porque não dá votos; ele voltou a negar interesse em se candidatar à Presidência e disse que nem na faculdade teve militância política; quanto à discriminação, afirmou que o Brasil nunca enfrentou de frente o preconceito contra negros
Em palestra na Universidade de Londres, presidente do Supremo Tribunal Federal diz que políticos não se importam com situação do sistema carcerário porque não dá votos; ele voltou a negar interesse em se candidatar à Presidência e disse que nem na faculdade teve militância política; quanto à discriminação, afirmou que o Brasil nunca enfrentou de frente o preconceito contra negros (Foto: Roberta Namour)


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247 – Em palestra no King's College, da Universidade de Londres, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, criticou políticos e disse que as prisões brasileiras são um inferno.

Segundo o magistrado, que está de férias da Corte, os políticos brasileiros não se preocupam com a situação pois isso "não dá votos".

"No ano passado eu visitei prisões no Brasil, e horror é a melhor palavra para definir os nossos presídios", declarou, ao ser questionado sobre o presídio de Pedrinhas, no Maranhão.

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"Mas os políticos não se importam com isso, não dá retorno político, não dá votos. O Brasil tem uma cultura de violência, e as vítimas mais frequentes são os negros", afirmou.

O ministro voltou a negar intenção de ser candidato à presidência da República. "Muita gente vem e diz: você deveria ser nosso candidato, mas eu nunca quis me afiliar a partidos políticos. Até na faculdade eu nunca tive militância política. Então, não", disse.

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Ele também quebrou o protocolo e abordou vários temas durante seu discurso, desde a lentidão do Judiciário ao crescimento de políticos ligados a Igrejas evangélicas. Sobre racismo, afirmou que o Brasil "precisa fazer algo para incluir os negros na sociedade".

"O Brasil nunca enfrentou de frente o preconceito contra negros. As cotas não são o bastante. Se o país quer ser respeitado como um grande player no cenário mundial, é preciso fazer algo para inserir essas pessoas. E isso se dá através da educação, que é, no meu ver, o principal problema do Brasil", afirmou.

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Para Barbosa, ainda que "respondam por mais da metade da população brasileira", os negros ainda têm participação pequena nas camadas mais altas da sociedade. "A televisão brasileira, por exemplo, é dinarmarquesa", criticou Barbosa.

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