Barack Obama é apenas mais um

Depois de passada a euforia irracional e emotiva desses últimos quatro anos, qual foi o saldo positivo do governo Obama até agora, além, é claro, do valor símbolico de ser o primeiro negro que chegou lá?



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Em 2008, quando o advogado Barack Hussein Obama II se tornou o primeiro negro presidente da nação mais poderosa do mundo, houve praticamente uma comoção nacional com muito choro nos quatros cantos da América. Mas depois de passada a euforia irracional e emotiva desses últimos quatro anos, qual foi o saldo positivo do seu governo até agora, além, é claro, do valor símbolico de ser o primeiro negro que chegou lá? Desculpe, mas creio que nenhum.

Claro que não podemos ser arrogantes a tal ponto e substimarmos a crise sem solução que ocorre desde a quebra do banco Lehman Brothers em setembro daquele ano, e que tem arrastado a economia norte-americana para um túnel sem esperança, fazendo estragos incalculáveis, ou melhor, alguns bem calculáveis, como os 52 milhões de trabalhadores que estão abaixo da linha da pobreza naquele país, depois que ficaram sem o seu ganha pão da noite para o dia. Do outro lado, temos o Partido Republicano que barra qualquer tentativa do governo Obama de tentar fazer um esquema "Robin Hood" (na minha opinião um jogo de cena entre as duas principais legendas ), ou seja, tirar um pouco dos ricos para os pobres, sem falar, é claro, no movimento ultradireitista reacionário, travestido de bonzinho e conservador, o chamado 'Tea Party'.

Quando digo que Obama é mais um, não quero desqualificar em hipótese alguma a capacidade intelectual e o seu tão marcante carisma pessoal. Afinal, ele é o presidente dos EUA e, gostando ou não gostando, eles são o grande império militar, econômico e cultural do planeta (as guerras sem fim como a do Afeganistão, suas empresas imensas como a Apple, e o fascínio hollywoodiano e musical ainda são sem dúvida nenhuma, uma máquina formidável de propaganda do homem superior e vitorioso). Estou apenas ressaltando que não é ele quem comanda a situação e direciona a vida das pessoas tanto para o bem, como (na maioria das vezes) para o mal naquele país. Existem poderes ocultos que estão muito acima do mandatário ianque, e que já foi acusado até de matar o último presidente que quebrou o pacto pré-estabelecido entre Democratas, Republicanos e a Nova Ordem (John Fitzgerald Kennedy). Então quero informar-lhes que o senhor Obama está enrolado e subordinado até o pescoço para agradar os tais poderes, sendo apenas mais um dos tantos que já passaram e dos outros tantos que ainda passarão pela Casa Branca. Mas o mundo precisava de um novo messias e a bola da vez foi o jovial ganhador do Prêmio Nobel da Paz (uma aberração para não dizer uma ofensa aos outros vencedores) de 2009.

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Então podemos qualificar que um presidente do Banco Central concentra muito mais poder atualmente do que qualquer presidente de um país, ou seja, não seria nenhuma leviandade dizer que o atual presidente do FED (o banco central americano), Ben Bernanke, com o seu livro bege ( onde está o relatório detalhado sobre a situação econômica dos Estados Unidos), é muito mais influente que Obama? Não é bem assim, mais à frente eu falo por que. Em países como o Brasil, acredito piamente que Alexandre Tombini e Guido Mantega (que além de ministro da Fazenda é presidente do conselho de administração da maior empresa do país, a Petrobras), sejam muito mais poderosos que Dilma Rousseff, afinal, dinheiro no bolso de povo e crédito para as grandes empresas via BNDES é o que garante uma eleição e futuramente uma reeleição tranquila, não importando a sigla partidária. Mas o Brasil é um jovem jogador ou "player", como dizem os economistas moderninhos, já que antes éramos o país (e ainda somos) das mulatas gostosas e o esconderijo preferencial dos bandidos internacionais. Por isso, não estamos completamente inseridos nas tramóias históricas e trilhardárias dos primeiros mundistas. As questões nesses países são um pouco mais complexas e o jogo é bem abaixo da linha da cintura.

Na época em que Alan Greenspan, considerado por muitos o sumo sacerdote do capitalismo, estava à frente do FED, alguns analistas diziam que não importava quem seria o presidente dos Estados Unidos (naquela altura o pleito era disputado pelo ambientalista Al Gore e pelo milionário texano do petróleo George W.Bush, que saiu vencedor em uma eleição que até hoje dá muito o que falar, pelo modo vamos dizer "suspeito" de como que aconteceram as coisas). O mais importante era quem estava sentado na cadeira do FED, que é uma instituição à parte do governo americano, ou seja, um super banco privado com ares de estatal. Mas acima do FED ainda existe um grupo muito mais restrito que define os rumos não só dos EUA, mas de todos os países desenvolvidos (e de reboque o do restante do mundo) de uma forma concreta, e que não será novidade se esse grupo de pressão direta e ação letal convidar os bilionários, os intelectuais e as autoridades dos países emergentes (China, Índia, Brasil e Rússia), que são a bola da vez, quebrando uma tradição, que outrora não ousaria chamar os terceiros mundistas para se sentar à mesa do iluminados do velho continente e dos gigantes anglo-saxões (Canadá e EUA). Quem é esse grupo? Estou chagando lá.

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Um tempo atrás, mais precisamente no ano de 2010, assisti a um documentário do jornalista americano Alex Jones, que se chama: "A Decepção Obama: A Máscara Vem Off". E depois de tê-lo visto, minhas ideias ficaram ainda mais claras sobre o assunto e eis que chego ao ponto: antes de assistir ao documentário sempre achei que existia um grupo que controlava as ações dos presidentes americanos e das elites globais como um todo, mas não sabia que o mesmo tinha nome e sobrenome: Clube Bilderberg.

Para quem não sabe, o Clube Bilderberg é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados, muitos dos quais são personalidades influentes no mundo empresarial, acadêmico, midiático ou político. Devido ao fato de as discussões entre as personalidades públicas oficiais e líderes empresariais (além de outros) não serem registradas, estes encontros anuais são alvo de muitas críticas (por passar por cima do processo democrático de discussão de temas sociais aberta e publicamente). O grupo de elite se encontra anualmente, em segredo, em hotéis cinco estrelas reservados espalhados pelo mundo, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido no Estados Unidos e Canadá. Existe um escritório em Leiden, na Holanda.

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Fazem partes do grupo nomes de peso como o magnata Rupert Murdoch, dono do grupo News Corp, Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, o ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, o bilionário e poderoso banqueiro David Rockefeller, a atual secretária de estado americana Hillary Clinton e seu marido Bill Clinton, Juan Luis Cebrian, o homem forte do grupo espanhol Prisa, que edita o influente jornal El País, Peter Thiel, integrante do Clarium Capital Management LCC, cofundador do PayPal, integrante do conselho de Administração e principal investidor do Facebook, Mario Monti, primeiro-ministro da Itália, Timothy Geithner, secretário do Tesouro americano, Rainha Sofia da Espanha, Georgios Arapoglou A. governadora do Banco Nacional da Grécia, Xavier Bertrand, político francês ligado ao presidente Nicolas Sarkozy, Ana Patricia Botin, herdeira do Banco Santander, Bill Gates, fundador da Microsoft, Herman Van Rompuy, ex-primeiro ministro belga, Daniel Vasella da mastodôntica farmacêutica Novartis, Eric Schimidt, do Google, Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial de Davos, Jorma Olilla, da Nokia, Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs, e tantos outros, esses sim os verdadeiros donos do poder global. Na última reunião realizada em junho do ano passado na comuna Suíça de Sankt-Moritz , os "globalistas", como são chamados e reconhecidos, abordaram temas como “energia e as necessidades dos mais pobres”, bem como as alterações climáticas, energias renováveis e a crise econômica na Europa, ou seja, os principais assuntos em discussão na atualidade. Seria uma simples coincidência para que se ache grandes e vantajosas soluções?

Podemos dizer então que mesmo que Barack Obama vença ou algum candidato do partido Republicano seja eleito em novembro (os mais bem colocados nas pesquisas são o ex-governador do Massachussetts Mitt Romney e o ex-líder da Câmara dos Representantes Newt Gingrich) serão ou continuarão sendo meros bonecos de fantoches, que estão subordinados aos homens mais poderosos do planeta Terra, e grande maioria dos pobres mortais dos EUA ficará mais uma vez à margem, comendo as migalhas (quando comer) que serão jogadas dos palácios suntuosos, dos apartamentos cinematográficos e das mansões nababescas. Essa elite é a mesma que faz e desfaz as crises globais de tempos em tempos com um simples estalar de dedos, para poder lucrar ainda mais no futuro; que colocam no ar programas de audiência estrondosa e de baixo nível fazendo a alienação de milhões e milhões de pessoas em sua redes de televisão via satélite; que controlam megacompanhias num esquema monopolista, ou se unem com suas "concorrentes" em um esquema oligopolista, decidindo o futuro de famílias inteiras ao seu bel-prazer; que produzem medicamentos que custam um preço altíssimo na hora da venda, e que vicia o corpo dos seus pacientes e não traz nenhuma solução, apenas amenizando e prolongando o sofrimento (os casos de câncer crescem assustadoramente, por exemplo) fazendo a alegria da indústria farmacêutica que dizem ter a cura para o terrível mal há pelo menos 30 anos; além de bancar com seus recursos generosos (Obama deve gastar 1 bilhão de dólares este ano na campanha mais cara da história de um político em todo o mundo) candidatos com discursos vazios, cheios de retóricas que nunca se cumprirão, quer dizer, no final das contas sempre se cumprirá, apenas para os manatas de sempre. O movimento 'Ocupe Wall Street', além da guerra cibernética diária, não me deixam mentir, sendo esses dois acontecimentos apenas a ponta de um iceberg que deve crescer ainda mais. O colapso do que conhecemos hoje como sociedade organizada e civilizada está próximo. Quem viver até lá verá o verdadeiro apocalipse, vista o enorme fosso que está chegando à beira do insuportável, entre os que não tem e entre os que tem influência, dinheiro e poder de uma forma ilimitada.

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