A candidata a presidente Marina Silva já tem partido para concorrer em 2014, caso não consiga criar a Rede a tempo. O presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso, ofereceu a legenda e o comando do partido à ex-ministra. Eles voltarão a conversar dia 25 de setembro. Até lá, Marina vai aguardar pela decisão do TSE, de homologar ou não a criação da Rede.
Ayres Britto foi picado pela mosca azul de Marina
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, foi sondado pela ex-senadora Marina Silva para se filiar à Rede Sustentabilidade, ainda não criada, e para concorrer a um cargo pelo partido; pode ser até o governo do Distrito Federal, em 2014; o problema é que a migração de juízes do STF para a política desmoralizaria de vez o julgamento da Ação Penal 470; afinal, será que tudo foi feito para isso?
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247 - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, já foi político. Como "Carlim do PT", tentou se eleger deputado federal por Sergipe, mas não teve votos suficientes. Depois disso, foi indicado por Celso Bandeira de Mello ao ex-presidente Lula, que o nomeou ministro do Supremo Tribunal Federal. Como tal, conduziu o julgamento da Ação Penal 470, de modo sincronizado com as eleições municipais de 2012.
Agora, Ayres Britto está atento a outro calendário: o de 2014, quando poderá concorrer a algum cargo público. Já foi sondado por Eduardo Campos para disputar o Senado pelo PSB, concorrendo pelo Distrito Federal, e disse não. No entanto, as conversas com a ex-senadora Marina Silva têm sido mais constantes.
Na coluna Panorama Político deste domingo, Ilimar Franco informa que Marina o convidou para se filiar à Rede e disputar um cargo importante em 2014 – talvez, o próprio governo do Distrito Federal, onde a ex-senadora lidera as intenções de voto. Desta vez, Britto ficou de pensar:
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Ayres Britto vem aí?
O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto tem sido uma espécie de consultor informal de Marina Silva. Há poucos dias, ela o convidou para se filiar à Rede e disputar um cargo eletivo no ano que vem. Ayres Britto ficou de pensar na proposta.
O primeiro problema é que a Rede não tem assinaturas suficientes para ser criada e, no quadro atual, depende da boa vontade do Tribunal Superior Eleitoral, que teria que se adaptar uma espécie de "jeitinho brasileiro". Segundo informa o próprio Ilimar, Marina tem convite para concorrer pelo PEN, caso a Rede não seja criada a tempo:
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O problema maior, no entanto, é outro. Se Ayres Britto, de fato, decidir migrar para a política, sua atuação na Ação Penal 470 será contestada. Afinal, será que tudo terá sido feito, no "julgamento do século", para esse desfecho? O mesmo vale para seu sucessor, Joaquim Barbosa, que é sempre apontado como possível presidenciável e recebeu convite do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para concorrer ao governo de Minas Gerais.
A ambição política de juízes desmoraliza a atuação pretérita.
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