Atletas de Brasília vão ao 23º Mundial de Ginástica Acrobática

Os 17 brasilienses fazem parte da seleo brasileira da modalidade; competio ser nos dias 12 a 23 de abril, na Flrida; participao foi garantida pelo acordo entre Secretaria de Esporte e a Federao Brasiliense de Ginstica



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Agência Brasília - Um convênio assinado na manhã desta quarta-feira (4) entre a Secretaria de Esporte e a Federação Brasiliense de Ginástica garantirá que 17 atletas brasilienses participem do 23º Mundial de Ginástica Acrobática, que será realizado de 12 a 23 de abril, na Flórida (Estados Unidos). Os ginastas fazem parte da seleção brasileira da modalidade, que tem ainda 19 integrantes de São Paulo. O grupo, que treina nas instalações do Ginásio Nilson Nelson, embarca na próxima segunda-feira (9), com inscrição, passagens e hospedagem pagas pelo governo do Distrito Federal (GDF).

“Boa parte desses atletas vêm de regiões não tão privilegiadas e dificilmente teriam a oportunidade de participar de uma competição e viajar para fora do país se não fosse por meio do esporte”, destacou o secretário de Esporte, Célio René. Ele explicou que esta é a segunda etapa de um plano de ampliação do esporte no DF. “Ano passado, investimos na massificação e agora começamos a dar condições para que os talentos esportivos desenvolvam seus potenciais”, informou.

O presidente da Federação Brasiliense de Ginástica, Marcos Antônio Martins, comemorou a assinatura do convênio. “É a primeira vez que uma equipe de ginástica acrobática sai do país para um campeonato mundial. É um momento histórico na ginástica brasileira”, contou.

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Histórico

A ginástica acrobática chegou a Brasília em 2008, quando a treinadora Márcia Colognese veio morar na cidade. Logo que chegou, ela começou a treinar um grupo de 10 ginastas no Centro Interescolar de Educação Física (Cief). Na época, a professora já acumulava uma experiência de 21 anos na modalidade. Desde então, a equipe aumentou em número – hoje há mais de 100 ginastas em Brasília – e qualidade – os 17 atletas que participaram da seletiva para o mundial, em dezembro de 2011, foram classificados.

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A seleção brasileira começou a treinar em janeiro deste ano. Para escolher os atletas que disputariam a seletiva, Márcia observou características como talento, garra, disponibilidade e vontade de ser ginasta. Foi a reunião dessas qualidades que transformou Andressa Tolentino em uma das atletas da equipe. Ela descobriu a ginástica acrobática em 2008 e, quatro anos depois, competirá na categoria de trios com as colegas Sabrina Rodrigues e Bárbara Santos. Na apresentação, ela mostrará suas habilidades como volante – a menina mais leve do trio, que fica no topo dos movimentos em forma de pirâmide.

Andressa mora na Cidade Estrutural com a mãe, o padrasto e duas irmãs. Acorda todos os dias às 5h30 e pega o ônibus para uma escola particular na Asa Sul, onde tem uma bolsa de estudos conquistada com o talento esportivo. Ela treina quatro horas por dia, à tarde, de segunda a sábado. “A ginástica é tudo pra mim, é minha vida”, disse. “Não é só um esporte. Ensina muitos valores, como responsabilidade, união, mais amor ao próximo e bastante disciplina”, considera.

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A jovem de 14 anos fará sua primeira viagem internacional, representando a seleção brasileira, assim como outros 15 colegas da equipe – apenas uma menina do grupo já viajou para fora do país. Andressa só saiu de Brasília para competir em São Paulo e Mato Grosso. O campeonato nos Estados Unidos enche a garota de expectativas. “Esta competição é uma oportunidade única. Temos que fazer o nosso melhor porque não sabemos quando vamos ter outra chance destas”, afirmou.

Ana Luiza Costa, 11 anos, moradora de Sobradinho, entrou na ginástica acrobática por acaso quando procurava aulas de ginástica rítmica. Não imaginava que a escolha acidental a levaria para a seleção. Às vésperas da viagem, está empolgadíssima com a competição e espera encontrar nos Estados Unidos "um monte de pessoas diferentes". Ela faz dupla com Apolônio de Souza, atleta de 15 anos que mora na Cidade Ocidental, em Goiás. "A competição vai ser difícil, só que a gente está treinando para isso", disse Ana Luiza. Apolônio pretende levar na bagagem a experiência que acumulou em competições de breakdance, um estilo de dança de rua, que praticava antes da ginástica. "Estou tranquilo. Não tenho muita ideia do que vou encontrar por lá, mas acho que vai ser muito legal", declarou.

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