Asdrubal Bentes renuncia ao mandato

Carta de renúncia do deputado do PMDB foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa Diretora nesta tarde; com a renúncia, a Mesa deverá cancelar a reunião que havia marcado para decidir se abria processo de cassação contra o parlamentar; decisão, segundo ele, foi "para evitar constrangimentos à Câmara e aos colegas parlamentares"; Asdrubal foi condenado pelo STF por ter oferecido cirurgias de esterilização a mulheres em troca de votos

Carta de renúncia do deputado do PMDB foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa Diretora nesta tarde; com a renúncia, a Mesa deverá cancelar a reunião que havia marcado para decidir se abria processo de cassação contra o parlamentar; decisão, segundo ele, foi "para evitar constrangimentos à Câmara e aos colegas parlamentares"; Asdrubal foi condenado pelo STF por ter oferecido cirurgias de esterilização a mulheres em troca de votos
Carta de renúncia do deputado do PMDB foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa Diretora nesta tarde; com a renúncia, a Mesa deverá cancelar a reunião que havia marcado para decidir se abria processo de cassação contra o parlamentar; decisão, segundo ele, foi "para evitar constrangimentos à Câmara e aos colegas parlamentares"; Asdrubal foi condenado pelo STF por ter oferecido cirurgias de esterilização a mulheres em troca de votos (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Câmara - O deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) renunciou ao mandato de deputado federal nesta quarta-feira. A carta de renúncia foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa Diretora. Com a renúncia, a Mesa deverá cancelar a reunião que havia marcado para as 18 horas para decidir se abria processo de perda de mandato contra o deputado.

A carta deverá ser lida no Plenário da Casa e publicada no Diário Oficial da Câmara. Com isso, encerra-se qualquer possibilidade de abertura de processo de cassação do mandato.

Bentes foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a três anos, um mês e dez dias de prisão, em regime aberto, pelo crime de esterilização cirúrgica irregular. A pena de prisão em regime aberto deve ser cumprida em casa de albergado. Como em Brasília não há esse tipo de estabelecimento, Asdrubal Bentes deverá obter prisão domiciliar.

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Constrangimentos

Ele afirmou que está renunciando "para evitar constrangimentos à Câmara e aos colegas parlamentares". Segundo ele, "devido a pressão da mídia certamente causaria constrangimento aos meus colegas ao participar das votações". Disse ainda: "Quem vai decidir no futuro se volto é o povo do meu estado. Agora não serei candidato, mas quando terminar a pena, sim".

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Com a renúncia do parlamentar, quem assumirá o mandato é o primeiro suplente Luiz Otávio (PMDB-PA). Em 2011, Otávio assumiu ocupou uma vaga na Câmara, no lugar de Bentes, que à época havia pedido licença para assumir uma secretaria no governo paraense.

Perfil

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O parlamentar estava em seu sexto mandato. Bentes era titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas no Brasil, da comissão especial que analisa a exploração de recursos minerais em terras indígenas (PL 1610/96) e da que avalia a proposta que submete ao Congresso Nacional a decisão final sobre a criação de áreas indígenas e de conservação ambiental (PEC 215/00).

Histórico

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Asdrubal Bentes é o sexto deputado federal em exercício que o STF manda prender desde 1988.

O primeiro foi Natan Donadon (sem partido-RO), preso em agosto de 2013. Ele foi condenado por peculato e formação de quadrilha.

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De novembro a fevereiro, o STF determinou a prisão de quatro parlamentares condenados no processo do mensalão: José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PP-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP).

Todos os condenados no caso do mensalão renunciaram ao mandato. Apenas Donadon não renunciou e foi cassado pelo Plenário.

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