Arthur Lira diz que "não vai sacanear" Lula na Câmara, mas critica Alexandre Padilha e pede mais emendas
Presidente da Câmara dos Deputados disse que o governo Lula ainda não conseguiu formar uma base parlamentar
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, concedeu entrevista ao jornal O Globo, em que disse que o governo Lula não tem uma base sólida no Congresso, mas prometeu "não sacanear". Na entrevista, Lira pediu mais emendas parlamentares. "Aprovamos a PEC da Transição, que foi votada no governo anterior, mas com gerência completa da equipe do Lula. Depois, houve uma acomodação e a formatação de um governo de coalizão, com troca de ministérios por apoios, que está comprovado que não vai dar certo. As emendas resolvem isto sem ser necessário um ministério", diz ele. "Eu sempre disse que o orçamento é muito mais democrático se decidido por 600 parlamentares do que por dez ministros", acrescenta.
Lira fez elogios pessoais ao ministro Alexandre Padilha, mas criticou sua atuação política. "Um sujeito fino e educado, mas que tem tido dificuldades. Não tem se refletido em uma relação de satisfação boa. Talvez a turma precise descentralizar mais, confiar mais", ponderou. "Trabalho para dar tranquilidade ao Brasil. Poderia ter sido eleito presidente da Câmara sem o PT, mas aceitei o apoio e não vou sacanear o governo. Não vou trabalhar contra nem atuar deliberadamente para prejudicar. Mas o presidente da Câmara não é um agregado, ele é um parceiro", reforçou.
Lira também fez alertas sobre os perigos da CPI do 8 de janeiro. "O governo tentou derrubar, mas se tornou inevitável depois do vídeo do Gonçalves Dias. A minha pergunta é o porquê deste vídeo não ter aparecido antes. Quem segurou as imagens e decretou sigilo? Como foi parar na mídia? Quem tinha acesso? Se foi o Gonçalves Dias, ele é o homem de confiança do Lula. Se foi o GSI, isto também precisará ser explicado. O governo também quer apurar quem estava por trás dos movimentos nos quartéis, quem financiou e o que era a minuta do golpe. Será uma guerra de narrativas", afirmou.
Lira também previu uma votação dura no PL 2630, o das fake news, que é uma das principais causas da Globo e que preocupa comunicadores progressistas. "Teremos que chamar líder por líder e contar votos", disse ele.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247