Após lambança no governo Bolsonaro, Carlos Wizard cria conselho paralelo de médicos para combater Covid-19
Empresário reuniu profissionais que sugerem um tratamento precoce incluindo o uso da hidroxicloroquina e de corticoides e vai apresentar a governadores, como Ibaneis Rocha, do DF
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247 - O empresário Carlos Wizard, que ficou bilionário com uma rede de escolas de idiomas, reuniu nove profissionais da área de saúde e criou uma espécie de conselho com o objetivo de sugerir um protocolo para o tratamento do coronavírus. A informação é do Neofeed. Wizard havia sugerido a recontagem de mortos por Covid-19 no Brasil e saiu depois de poucos dias no cargo de conselheiro do ministério da Saúde.
No dia 7 de junho, o empresário também confirmou ter recusado convite para uma secretaria na pasta. "Peço desculpas por qualquer ato ou declaração de minha autoria que tenha sido interpretada como desrespeito aos familiares das vítimas da Covid-19 ou profissionais de saúde que assumiram a nobre missão de salvar vidas", escreveu Wizard.
Os médicos do conselho defendem um protocolo de tratamento precoce dividido em três fases. Na primeira, no começo da doença, há medicamentos associados, entre elas a hidroxicloroquina, medicamento sem eficária comprovada cientificamente. Nas outras, há o uso de corticoides.
"Próximos passos: amanhã (hoje) vamos estar com o ministro da Saúde em Brasília. Vamos estar com o governador do Distrito Federal (Ibaneis Rocha). Está colapsado o Distrito Federal. E vamos para Brasília implantar esse protocolo lá. Se ele tiver sensibilidade de implantar no Distrito Federal, ninguém mais morre. Esse é o próximo passo", disse o empresário.
Nesta semana o governador Ibaneis Rocha decretou estado de calamidade pública por causa da Covid-19 no Distrito Federal. Depois ele defendeu a reabertura econômica alegando que "restrições" já não servem para nada.
De acordo com o site do governo disponibilizado para atualizações das estatísticas do coronavírus, o DF tem 50.676 confirmações e 620 mortes provocadas pela doença. Em nível nacional são 1,4 milhão de casos e
60 mil óbitos, o que deixa o Brasil em segundo lugar no ranking global, atrás apenas dos Estados Unidos, com 2,7 milhões de infectados e 120 mil falecimentos.
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