Após Copa, ganeses pedem para trabalhar no Brasil
Grupo de 80 pessoas quer autorização do governo para permanecer no Distrito Federal. Segundo Comitê Nacional para Refugiados, do Ministério da Justiça, apenas perseguidos políticos podem ser considerados refugiados. Situação similar ocorre em outros lugares do país, como no Rio Grande do Sul e São Paulo
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Brasília 247 - Um grupo de 80 ganeses que vieram ao Distrito Federal para acompanhar a Copa do Mundo pede autorização do governo brasileiro para trabalhar na capital e diz que não quer voltar a sua terra natal. Eles chegaram em junho ao Brasil, antes do início do Mundial e terão seus vistos vencidos em agosto. O presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, diz que para permanecer no Brasil na condição de refugiados, os turistas precisam estar em situação de perseguição política, seja por motivo racial, étnico, orientação sexual, ou outros motivos.
Especialistas classificam a situação como delicada, pois, em condição de fragilidade, os imigrantes podem ser facilmente cooptados pelo crime organizado ou se sujeitar a condições inadequadas de trabalho por não contarem com as garantias do Estado.
Assim como aconteceu em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde 250 ganeses fizeram a solicitação, São Paulo também tem recebido imigrantes de Gana nessa situação. Somente no abrigo da Prefeitura, havia cerca de 40 ganeses até a última sexta-feira, como informou a Agência Estado.
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