Apesar da pandemia, Bolsonaro quer tirar R$ 38 bilhões da Saúde

Saúde, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia terão verba menor em 2021

Palavras do Presidente da República Jair Bolsonaro. 27/08/2020
Palavras do Presidente da República Jair Bolsonaro. 27/08/2020 (Foto: Carolina Antunes/PR)


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Vermelho - A proposta orçamentária do governo federal para o ano que vem prevê corte nas despesas dos ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia e Inovação. As reduções nos orçamentos dessas pastas chamam a atenção porque todas são áreas sensíveis. No caso da saúde e da ciência e tecnologia, pelo fato de o país estar em plena pandemia. Já o meio ambiente levanta preocupações mundiais sobre o Brasil devido a dados que mostram aumento do desmatamento.

Os detalhes do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2021 foram divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério da Economia. Hoje é o último dia para envio do orçamento do ano que vem ao Congresso.

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No caso do Ministério da Saúde, há redução de verba de 22%, o equivalente a R$ 38 bilhões, comparando R$ 174,850 bilhões da dotação atual aos R$ 136,765 bilhões previstos para 2021.

Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a queda é de 11,6%, o equivalente a R$ 1,642 bilhão em recursos. O orçamento da pasta sai de R$ 14,178 bilhões para R$ 12,436 bilhões.

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Por fim, na pasta do Meio Ambiente a verba cairá 5,8%, o equivalente a R$ 184 milhões. O Ministério da Economia reduziu o orçamento de 3,128 bilhões para R$ 2,944 bilhões.

Recuo

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No caso do Ministério da Educação e da Defesa, o governo parece ter recuado na intenção de conceder orçamento maior às Forças Armadas. Segundo o Estado de S.Paulo, que afirmou ter tido acesso a planilhas, o governo estudava dotação maior para a Defesa que para a pasta da Educação.

No fim, o valor para a Educação ficou em R$ 144,538 bilhões, um aumento de R$ 1,702 bilhão, ou 1,2% a mais que a dotação atual. Para o Ministério da Defesa, o orçamento deve aumentar em R$ 1,178 bilhão, ou 1%, de R$ 114,949 bilhões para R$ 116,128 bilhões.

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Todos os cálculos levam em conta a despesa total dos ministérios, somadas despesas obrigatórias e discricionárias.

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