Ao Senado, Lula e Dilma dizem que Bolsonaro "sequestrou" 7 de setembro e cobram reação: "afronta à democracia"

Os ex-presidentes enviaram ofício ao Senado nesta quinta-feira para justificar suas ausências em uma solenidade do Congresso pelo Bicentenário da Independência

Lula e Dilma Rousseff
Lula e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert | Ederson Casartelli)


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247 - Os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) enviaram ofício ao Senado Federal nesta quinta-feira (8) para justificar suas ausências na solenidade promovida pelo Congresso pela ocasião do Bicentenário da Independência, comemorado nesta quarta-feira, 7 de setembro.

No documento, de acordo com o Metrópoles, Lula afirma que Jair Bolsonaro "sequestrou" a data para fazer comício eleitoral. O petista diz ter visto com "profunda indignação”  as falas de Bolsonaro durante os atos desta quarta. "Em primeiro lugar, pela tentativa escancarada de obter vantagem eleitoral com o uso de recursos públicos. E pelo sequestro de uma data que não pertence a ele, mas à nação brasileira, a exemplo do que tenta fazer com a nossa bandeira e com o verde e amarelo, são patrimônios do nosso povo".

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Para o ex-presidente, Bolsonaro se utilizou do feriado nacional para "espalhar ódio, mentiras e ameaças à democracia". "Ele poderia ter se dirigido ao povo para falar de paz, de harmonia, de geração de emprego, de educação, de saúde, de combate à fome. Mas ele não tem nada a dizer sobre isso, porque não tem nada de positivo para apresentar, nessas ou em quaisquer outras áreas".

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Já a ex-presidente Dilma cobra uma reação contra Bolsonaro. Ela classifica como "graves" as manifestações de Bolsonaro. "Bolsonaro golpeia diuturnamente o Judiciário e o Legislativo, em nome de um projeto de poder autoritário e profundamente desvinculado dos anseios do nosso povo. Que a sociedade acorde e reaja antes que o império do arbítrio recaia sobre o Brasil, a cada momento que o presidente ameaça o Estado Democrático de Direito". 

"Desafortunadamente, o Brasil assiste ao chefe de Estado sequestrar a data histórica em benefício de sua própria candidatura eleitoral, desafiando as leis e ignorando o rito sagrado da função institucional de quem está no comando do país. É grave o que assistimos ontem. Uma afronta à democracia. Mas, ainda é pior. A autoridade máxima da nação fez isso de maneira desabrida e sem compromisso com o Estado Democrático de Direito, que jurou honrar e respeitar ao ser empossado presidente da República", completa.

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