Ao lado de bolsonaristas, Dallagnol ataca TSE e diz que foi cassado por "inelegibilidade imaginária" (vídeo)

"Eu perdi o meu mandato porque eu combati a corrupção", afirmou o deputado Deltan Dallagnol, cassado e derrotado tanto no TSE como no STJ

Deltan Dallagnol faz pronunciamento após ter mandato cassado - 17.05.2023
Deltan Dallagnol faz pronunciamento após ter mandato cassado - 17.05.2023 (Foto: Reprodução/YouTube)


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247 - O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou nesta quarta-feira (17), em Brasília (DF), que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) utilizaram uma "inelegibilidade imaginária" para cassar o mandato dele.

"Eu perdi o meu mandato porque eu combati a corrupção. E hoje é um dia de festa para os corruptos e um dia de festa para o Lula", afirmou em coletiva de imprensa n a Câmara. "Eu fui cassado por vingança, porque eu ousei enfrentar o sistema de corrupção", completou.

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A Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e o PMN questionaram o registro de Deltan para concorrer como deputado por dois motivos. O primeiro, em razão de uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato. Procuradores da Lava Jato causaram um prejuízo de cerca de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos, informou o tribunal. 

O segundo argumento é que ele teria pedido exoneração como procurador enquanto era alvo de 15 procedimentos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que poderiam resultar em aposentadoria compulsória ou demissão.

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Lei da Ficha Limpa

A Lei da Ficha Limpa está em vigor desde 2010 e proíbe candidaturas de pessoas condenadas por órgãos colegiados (tribunais de justiça, cortes de contas ou conselhos superiores).

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) havia negado o pedido de cassação do registro da candidatura de Dallagnol. Por consequência, os partidos recorreram ao TSE.

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Dallagnol já havia sofrido outra derrota no Judiciário em 2022, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que ele pagasse R$ 75 mil ao atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva por causa da apresentação do PowerPoint em 2016.

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